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Enviada em: 15/04/2018

A doação de sangue sempre foi de nítida importância, mas, atualmente, com ascensão da violência e negligência dos motoristas no trânsito, intensifica-se a necessidade deste ato. A falta de incentivo aliada a dificuldade de chegar aos centros de coleta, afeta diretamente o número de doadores, assim prejudica-se inúmeros indivíduos dependentes disto. Ademais, as normas e proibições a quem pode ou não ser um concessor promove dificuldades, essencialmente, em relação aos homossexuais.   O sistema de coleta no Brasil estabeleceu-se a partir da Segunda Guerra Mundial, entretanto, o ato gerava remunerações aos doadores. Com a Constituição de 1988, houve a proibição dessa prática, porém, infelizmente, por mais indivíduos que doem, o país possui, em sua maioria, os chamados “doadores de ocasião”, nos quais vão aos Hemocentros (centro de coleta de sengue) quando algum familiar ou amigo necessita de tal. A ação de doar deve-se considerar uma cultura, que precisa ser incentivada, o país não proporciona uma conscientização desde a infância, o que ocasiona a falta de doadores no futuro. Além disso, a falta de disponibilidade de tempo aliada à distância dos locais que capitam as doações motiva a diminuição de pessoas a doar, essencialmente, nas metrópoles, por causa de custos excessivos de passagens, entre outros fatores.  Um acontecimento que vale ressaltar é a ocorrência de AIDS no Brasil na década de 80, a maioria dos infectados eram homossexuais, o que gerou a proibição destes a doar sangue, pelo fato de contaminação, tornaram-se um “grupo de risco”. No entanto, esse pensamento não se modificou, ocorre a discriminação e impedimentos sobre estes indivíduos. O que deve ser considerado é o comportamento de risco, ao invés de identidade sexual, pois distintas pessoas podem estar neste círculo de infectados, ou seja, independe de sua orientação. O conceito torna-se errôneo, e por mais uma vez limita-se as doações.   Os obstáculos das doações, portanto, podem ser reduzidos. O Estado tem grande importância para a mudança em diferentes âmbitos. Começando com as escolas, pode se aliar o incentivo de modo didático com a grade de ensino de biologia em todos os anos letivos. Já em relação à sociedade é preciso ter divulgações mais efetivas em todos os meios de comunicação em massa sobre o assunto. Além disso, os coletores de sangue poderão fazer mutirões para toda a população em diferentes bairros utilizando como local escolas ou postos de saúde, outrossim, a criação de uma passagem gratuita ou com desconto nos transporte público para os doadores efetivos, nos quais provariam com documentações para adesão de tal quando fossem doar sangue. Enquanto nos Hemocentros, os profissionais devem se atentar ao preconceito, não impedindo ninguém sem motivos a fazer a doação.