No século XIX, o cientista Landsteiner revolucionou a história da medicina ao descobrir o Sistema ABO, o que facilitou a compreensão da compatibilidade sanguínea entre os indivíduos, diminuindo assim os riscos em doações e transfusões sanguíneas. Entretanto, no Brasil ainda há sérios problemas relacionados à doação de sangue, como, por exemplo, a carência de doadores e a falta de conscientização. Nesse sentido, a primeira problemática a ser ressaltada é a falta de pessoas que se disponham a doar sangue, o que contribui negativamente em termos quantitativos e qualitativos para o estoque dos Hemocentros. Nessa perspectiva, tem-se o reflexo de uma sociedade egoísta, incapaz de demonstrar altruísmo e compaixão pelo próximo, ao contrário do "homem cordial" definido pelo sociólogo Sérgio Buarque de Holanda. Segundo este, essa figura adjetivada representa o povo brasileiro, que seria marcado pela sua bondade e solidariedade pelo outrem. Em contrapartida, nota-se um grande equívoco conceitual, ao dado momento que o número de receptores cresce em progressão geométrica, se comparado ao número de doações. Por outro lado, deve-se considerar como um agravante para a problemática, a falta de campanhas, divulgação e conscientização social por parte de determinados órgãos públicos. Dessa forma, muitos cidadãos deixam de doar, principalmente pela falta de conhecimento quanto ao método de coleta e também pela insegurança, por medo de contraírem alguma doença. Dado o exposto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Portanto, o Ministério da Saúde deverá utilizar as mídias sociais para divulgar campanhas de incentivo à doação de sangue, assim como esclarecer as dúvidas mais frequentes da população, através da criação de um aplicativo online, que poderá ser desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Ademais, a população civil e as ONG's, atuariam nas redes sociais promovendo eventos, passeatas e palestras populares acerca do tema,a fim de mobilizar mais pessoas e sobrepor todos esses obstáculos.