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Enviada em: 19/07/2018

Descrito pela primeira vez em 1943 pelo psiquiatra Leo Kanner, o autismo é uma doença de difícil diagnostico e que não possui cura. Infelizmente, portadores desse transtorno, além de enfrentar batalhas diárias, ainda precisam lidar com a precária estrutura da educação brasileira, que os impossibilitam de gozar de seus direitos em sua plenitude. Nesse contexto, deve-se analisar os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil.            De acordo com o capítulo V da Lei de  Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD), o ingresso de uma criança autista em escola regular é um direito garantido por lei, mas na prática, não é o que ocorre, visto que menos de 30% dos brasileiros autistas estão na escola. Isso acontece porque, o sistema público de educação têm matrizes curriculares falidas, que tratam a educação como meio para " decorar " datas e fórmulas vazias, segregando os que não se encaixam no "padrão", o que embasa ainda mais a intolerância e preconceito na qual essas pessoas são submetidas.                 Outrossim, é relevante afirmar que quando esses indivíduos conseguem uma escola com cuidadores e toda a infraestrutura necessária, outro problema acontece: o bullying. Isso ocorre devido as raízes históricas brasileiras, que amontoava pessoas com algum tipo de problema - taxados como loucos- em hospícios, onde as pessoas sofriam abusos e violência sem precedentes; exemplo disso foi o manicômio Colônia que foi o lugar da morte de mais de 60 mil internos. Por consequência desse acontecimento funesto, muitas pessoas, ainda mantêm o pensamento de que os diferentes precisam ser excluídos e afastados do convívio em sociedade, fato que precisa ser abolido.                               Torna-se evidente, portanto, que precisam ser tomadas medidas enérgicas para mudar esse cenário no Brasil. Em razão disso, o Ministério da Educação em parceira com o Governo Federal, devem transformar o ensino público, baseando-se em métodos que funcionem de verdade e preparem os alunos para a vida; como o melhoramento da infraestrutura das escolas, a especialização de professores e a disponibilização de vagas para todos, como está escrito na lei, a fim de proporcionar aos autistas e outros deficientes, uma educação de qualidade com a qual eles merecem. Ademais, as empresas televisas e mídias sociais, devem incluir em novelas, filmes, exemplos de pessoas com autismo como ele realmente é, no intuito de disseminar na população o entendimento de que é uma doença e precisa de tratamento correto, e o mais importante, apoio da sociedade, fazendo com que o autista sinta-se acolhido e respeitado. Dessa forma, o Brasil poderá melhorar a educação e a qualidade de vida desses indivíduos, incluindo-os na comunidade e propiciando que eles gozem dos seus direitos com qualquer outro brasileiro dito "normal".