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Enviada em: 01/05/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, o autismo é uma das síndromes mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que mais de dois milhões de pessoas têm dificuldades para participar da vida em sociedade e exercer a cidadania no Brasil. Nesse contexto, é indispensável salientar que a discriminação para com essa parcela da sociedade está entre as causas da problemática. Diante disso, seja devido à falta de políticas de saúde pública eficientes ou a falta de conhecimento da população acerca da importância da inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, é essencial que o Estado atue de modo a impedir tal impasse.      O diagnóstico do autismo é impreciso, bem como a incidência desse transtorno é imprevisível e não determina o modo de viver da pessoa. Um exemplo disso é o magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates, que foi diagnosticado com autismo quando tinha apenas três anos de idade. Apesar de todas as discriminações que afirma ter passado na infância, Gates foi resiliente e mostrou ao mundo que a pessoa com autismo não deve ser inferiorizada. Seguindo essa linha de raciocínio, o filósofo Nicolau Maquiavel sustenta a ideia de que os preconceitos têm mais raízes do que os princípios. De maneira análoga, é possível perceber que por falta de administração e fiscalização pública por parte de algumas gestões, a proteção às pessoas com autismo não é firmada.    Outro ponto relevante nessa temática é o desconhecimento por parte da sociedade acerca da importância da inclusão social das minorias. Segundo ideário kantiano, o homem é o que a educação faz dele; sendo assim, é necessário preocupação e instrução. Nessa ótica, estudos do Instituto de Pesquisas da USP indicam que em crianças, o autismo é mais recorrente do que o câncer e o diabetes e que mais de 60% dos pais de crianças autistas só percebem os sintomas quando o filho tem oito anos ou mais - o que demonstra a falta de conhecimento da população sobre o assunto. Sendo assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras da ignorância.      É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra, são necessárias medidas concretas que tenha como protagonista o Estado. O Ministério da Saúde deverá criar políticas públicas voltadas ao acompanhamento e avaliação das pessoas que são diagnosticadas com o autismo. Isso pode ser feito incluindo mais médicos pediatras em escolas e postos de saúde, haja vista que a incidência do autismo é mais frequente no público infanto. Com efeito, as pessoas com autismo receberão os tratamentos adequados para levarem uma vida sem preconceitos e restrições. Outras medidas devem ser tomadas, mas o primeiro passo é o mais importante na evolução de uma nação.