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Enviada em: 01/05/2018

A constituição brasileira é o mundo das ideias de Platão, enquanto a prática lembra a literatura machadiana; uma vez que temos leis que teoricamente garantem a isonomia e inclusão, contudo, na realidade, as minorias são esmagadas e têm seus direitos usurpados. Relativo a isso, é possível afirmar que o mesmo acontece em relação aos autistas no Brasil, sendo o preconceito e a omissão governamental fatores que perpetuam o problema.  Sobre o preconceito, é fato que este é um dos principais fatores que impedem a superação do impasse. Tendo em vista que enquanto for difundida a ideia de que autistas são "loucos", estes nunca terão seus direitos garantidos, pois serão vistos como "anormais". Logo, isso impede diretamente a socialização e inclusão de pessoas nessa condição.  Outrossim, a irresponsabilidade do Estado é um fator a ser considerado. Já que, apesar da constituição garantir que autistas tenham direitos iguais e especiais, na prática não temos estrutura nem mesmo para inseri-los na educação, por falta de infraestrutura adequada e profissionais especializados nessa patologia. Logo, enquanto houver lei, mas sem garantia alguma, essa minoria sempre excluída.   Dessa forma, como dizia Albert Einstein, "é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito". Cabe, então, ao Ministério da Educação promover medidas de conscientização, por meio de dinâmicas e brincadeiras mostrando a importância de cada um no ambiente escolar, para que, assim, as próximas gerações aprendam a conviver com as diferenças, evitando o bullying e, consequentemente a exclusão de autistas quando adultos. Além disso, seria exequível por parte da população, exigir, com protestos e boicotes eleitorais, a garantia do direito dos autistas no Brasil, fazendo, com isso, que o governo ceda à maioria sob pena de perder suas próximas eleições.