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Enviada em: 02/05/2018

No contexto social vigente, muito se tem discutido, acerca dos desafios encontrados na inclusão de pessoas com autismo no Brasil. O autismo, é uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação do indivíduo, além de influenciar, também, em seu comportamento, atingindo, portanto, quase 2 milhões de brasileiros. Porém, grande parte da população, desconhece a doença, dificultando, assim, seu diagnóstico, e consequentemente, a inclusão, principalmente em âmbito escolar.       É relevante abordar, primeiramente, que em uma pesquisa feita em 13 Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), na região metropolitana do Rio, constatou-se que, 48% das crianças e adolescentes com autismo, estão fora da sala de aula, evidenciando, dessa forma, a falta de tratamentos e mecanismos que possibilitem que o autista seja incluído no processo de aprendizagem e socialização. Paralelo a isso,a falta de investimentos do governo em campanhas que alertem sobre a doença, faz com que a população fique cada vez mais desinformada sobre o assunto, aumentando, assim, a discriminação.       Por outro lado, um dos principais agravantes do isolamento, e das dificuldades de comunicação e relacionamento, como mostra a série "Atypical", é a superproteção muitas vezes imposta pelos pais, que não encontram na escola o apoio e a atenção necessária, assim como metodologias que auxiliem na inclusão da criança, deixando-a sujeita, dessa forma, ao bullying.       Diante dessa problemática, cabe ao governo, conscientizar a população, por meio de debates e campanhas de alerta sobre a necessidade de diagnóstico e tratamento do autismo, assim como o uso de tecnologias assistivas por meio da gamificação, que consiste no uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas, e melhorar no aprendizado, podendo ser utilizado, tanto em suas atividades diárias, quanto no âmbito escolar. Fica claro dessa forma, que, "o autismo é parte desse mundo, não um mundo a parte".