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Enviada em: 11/05/2018

O autismo é um transtorno neurológico que afeta aspectos sociais da comunicação e do comportamento do indivíduo, possuindo diferentes níveis de gravidade em cada um. Nesse sentido, portadores dessa síndrome, em geral, possuem uma vida social diferente da maioria das pessoas, justamente por não conseguirem conversar e agir da forma esperada pelos outros. Assim, muitos autistas acabam sofrendo preconceito por serem diferentes e, em consequência disso, podem ser excluídos do convívio em sociedade.     A problemática se encontra no fato de que, ao haver essa exclusão e intolerância por parte da população, os autistas podem ter seus sintomas agravados devido à violência psicológica e, muitas vezes, física à qual são submetidos, fazendo com que eles tenham medo de sair de suas casas e de terem qualquer tipo de contato com pessoas diferentes do seu dia a dia. Não obstante, em casos de crianças com esse transtorno de desenvolvimento, elas ficam incapacitadas de irem à escola devido ao preconceito dos colegas e professores e ao fato de que são poucas as escolas do Brasil que possuem acessibilidade para indivíduos portadores de necessidades especiais e profissionais aptos a receberem e cuidarem adequadamente deles.     Dessa maneira, percebe-se que o cidadão, somente por portar uma síndrome que afeta seu sistema nervoso, acaba perdendo seus direitos civis, sem poder sentir-se à vontade nos locais em que circula. Entretanto, embora esse preconceito seja muito latente dentro da nossa sociedade, graças ao aumento de propagandas afirmativas acerca do Autismo e também a séries e filmes que estão sendo lançados nos últimos anos - cujos personagens principais são autistas -, como a produção da Netflix "Atypical" e o filme norte-americano "Um elo de amor", é possível notar que essa patologia está tendo uma maior visibilidade na mídia - fator que colabora para a disseminação de maiores informações e maior empatia da sociedade para com os seus portadores.     Portanto, mudanças devem ser feitas para que haja uma maior inclusão de pessoas com Autismo na sociedade brasileira. A começar, cabe ao Governo Federal promover mudanças estruturais nas escolas e creches do país - com a inserção de rampas de acesso, paredes com cores neutras, organização nas salas de aula, materiais didáticos próprios para os autistas e contratação de profissionais especializados para atender esses indivíduos. Ademais, cabe ao Ministério da Educação inserir nas grades curriculares, da primeira série ao Ensino Médio, aulas sobre ética, intolerância e respeito às diversidades, para que os próximos cidadãos formados compreendam e respeitem aqueles que são diferentes deles. Assim, será possível aumentar a inclusão e diminuir o preconceito do Autismo no país.