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Enviada em: 04/05/2018

Apesar de todos os esforços por equidade, a realidade em torno dos desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil permanece paradoxal e caótica. A Constituição Cidadã, alicerce da democracia brasileira, é uma utopia diante do preconceito social gerado pela falta de conhecimento sobre a doença. Desse modo, faz-se relevante a análise de duas vertentes fundamentais: a dificuldade de inclusão e a negação da doença.        Circunscrita a essa realidade, o esfacelamento das bases sociais é evidente na proliferação das crises de representatividade em torno da dificuldade de inclusão dos autistas. O autismo foi diagnosticado pela primeira vez durante a segunda Guerra Mundial e os portadores da síndrome comportamental eram rotulados e excluídos do sistema. Assim, podemos fazer uma analogia a teoria de rótulos, de Becker, que trabalha a ideia de que quem "foge" dos padrões impostos pela sociedade é rotulado e excluído  do meio social. Infelizmente, essa é a realidade submetida aos portados, não somente do autismo, mas de várias doenças, em todo mundo.        Nesse mesmo viés, é alto o número de família que negam o autismo. A doença é dividida em três graus: leve, moderado e severo, sendo o tratamento mais eficaz quando diagnosticado de forma precoce. Mas, lamentavelmente aceitar que o filho possui autismo pode ser um pesadelo para alguns pais, que preferem mascarar a doença e inclui-los de forma frustrante na sociedade, ao invés de procurarem ajuda médica.        Portanto, o Governo em parceria com o Ministério da Saúde deve promover campanhas sobre o autismo e a importância do tratamento de forma precoce, por meio de palestras e de encontros presenciais, com material online de apoio, com intuito de ajudar os pais a identificarem a doença e saber como incluir os filhos portadores na sociedade. Espera-se com isso diminuir os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil.