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Enviada em: 04/05/2018

Qual é a cor do autismo?               O preconceito advém do desconhecimento, ou seja, da ignorância e atribuição de juízo, muitas vezes errôneo, sobre determinado assunto. Nesse aspecto, quando trata-se de incluir socialmente uma minoria, em especial, pessoas autistas no Brasil, encontra-se um obstáculo corrente para informar a população a respeito da síndrome, a educação, ao qual nem todos têm acesso. Além disso, a visibilidade das pessoas que possuem autismo é pequena, e o debate pouco suscitado, embora os números de casos, em particular, crianças, seja elevado. Diante do exposto, faz-se necessário que medidas governamentais e também civis visem desconstruir o preconceito, oferecer atenção na saúde aos portadores e trazer representatividade.            Nesse viés, Lya Luft, escritora contemporânea brasileira, propõe "O preconceito nasce do medo", e nessa conjuntura, medo da diferença, por não compreender o outro e faltar-lhe conhecimento sobre esse. Sendo assim, tendo em vista que o Transtorno do Espectro Autista foi reconhecido pelas autoridades internacionais de saúde em 1993, e apenas em 2012, no Brasil, criadas leis de proteção aos portadores, é observado que parte da discriminação provem da falta de informação, mas também do pouco conteúdo que se tem sobre essa síndrome.                Ademais, é pouco discutido nas grandes mídias a presença de pessoas que possuem autismo na sociedade. Isto é notório, pois, os veículos de comunicação em massa que exibem telenovelas, películas e comerciais pouco mostram pessoas com esse transtorno, ou problematizam os dilemas do autista. Dessa forma, é preciso que pessoas portadoras do autismo sejam vistas, ganhem espaço nessas mídias para conscientizar a população e transformar o preconceito existente na sociedade.               Portanto, para que os direitos das pessoas que possuem Transtorno do Espectro Autista sejam garantidos, é indispensável a divulgação e promoção do debate sobre essa temática. É fundamental, que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde providencie uma campanha em canais de comunicação como a internet, televisão e cartazes em locais públicos a fim de conscientizar a população. Mas também, é essencial propiciar essa discussão na educação pública básica, de forma a inseri-la no contexto da grade escolar. Outro aspecto, com intuito de incluir pessoas autistas, é ampliar a abrangência na área da saúde para essas. Além do mais, também é importante a visibilidade do autista, e isso pode ser feito com a ajuda de ONGs e da grande mídia influenciadora de opinião.