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Enviada em: 05/05/2018

É notório que, os desafios presentes no Brasil, atualmente, para que pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) sejam incluídas na sociedade, estão diretamente ligados à carência ou inexistência de instruções e acompanhamento presencial, principalmente nas escolas, que esclareçam os sintomas - para que a identificação e adaptação de pessoas com TEA seja precoce – e a forma de lidar com um civil detentor de tal transtorno. Outrossim, o país possui um deficit considerável de terapeutas especializados na área, o que dificulta o tratamento. Diante disso, uma vez que é direito de todo cidadão brasileiro estar incluso na sociedade, independente das suas limitações físicas e psíquicas, medidas governamentais e sociais devem ser tomadas, a fim de solucionar o impasse.   Nesse contexto, é importante salientar a preocupação da ONU com os autistas ao exercer a atitude integralista de instituir o dia 2 de abril  como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, desde 2008. Após essa medida, muitos países - como Inglaterra e Finlândia - tomaram atitudes semelhantes contínuas nas escolas. No Brasil, no entanto, poucas instituições possuem tal caráter, o que dificulta o ingresso e aceitação de crianças com autismo nas escolas, pois, para que o convívio e a educação desses infantes sejam efetivas, é necessário que um tutor especializado no transtorno os acompanhe. A falta desse profissional é o principal motivo de exclusão e consequente aumento de isolamento desses pacientes na sociedade, pois a maioria deles já possuem essa atitude como tendência natural.   Além disso, é cabível ressaltar que, segundo o artigo " Um retrato do autismo no Brasil", publicado pela revista Espaço Aberto, da USP, existe no país um deficit significativo no trabalho com terapia autista e, quando esse recurso é disponibilizado, ele é ineficiente, pois as instituições às quais os pacientes são destinados, como o Caps, não são preparadas para lidar com tal diagnóstico. Esse ultimo fato está diretamente ligado a dificuldade de incluir um paciente com autismo na sociedade, já que uma terapia ineficiente não o ajudará a estar mais aberto para se relacionar com outras pessoas, podendo agravar ainda mais os distúrbios comportamentais presentes na sua patologia.   A fim de facilitar a inclusão de uma pessoa autista  na sociedade brasileira, é necessário que o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da saúde, destinem e solicitem às regiões necessitadas maior investimento no tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista, com o intuito de contratar ou escolarizar profissionais capacitados para  o acompanhamento desses pacientes nas escolas - facilitando sua educação e interação social - e na disponibilização de um terapia  específica e eficiente no sistema gratuito de saúde no país. Feito isso, os desafios para a inclusão social de autistas no Brasil serão atenuados e, caso as medidas sejam efetivas, poderão ser sanadas.