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Enviada em: 06/05/2018

Na sociedade moderna, com os avanços da medicina psiquiátrica e da psicologia, o diagnóstico de transtornos neurológicos que afetam o convívio social é crescente. Entretanto, portadores de doenças como o autismo ainda se encontram a margem da sociedade excluídos de seus direitos básicos. Assim, a cultura de inferiorização do diferente e a falta de apoio profissional a pacientes e famílias cria impasses para a inclusão de autistas no cenário nacional.  A princípio, surge a falta de tratamentos adequados para pessoas com transtornos psicológicos. O espectro autista pode ter diversos níveis, podendo ir de uma aparente antissocialidade até casos em que o indivíduo fica completamente excluído do contexto social. Logo, os tratamentos são diversos e devem ser adequados a cada caso com a ajuda de profissionais da saúde qualificados. Dessa forma, famílias devem ter acesso a serviços que permitam um diagnóstico precoce e meios de melhorar a qualidade de vida de seus filhos facilitando sua aceitação na comunidade. Prova disso é o filme ``Farol das orcas´´ que demonstra como o contato com animais foi fundamental na melhora de uma criança com autismo que não era bem aceita pela sociedade.  Nesse contexto, uma cultura de preconceito com o diferente exclui da sociedade tudo que não se encaixa nos padrões normativos. O sociólogo Pierre de Bourdieu defende a teoria do habitus, segundo a qual a sociedade tende a adotar padrões externos e inserir em sua mentalidade. Assim sendo, o preconceito é um padrão baseado em costumes antigos etnocêntricos que prejudica os indivíduos classificados como diferentes ainda na modernidade. Desse modo, pessoas do espectro autista, mesmo aquelas que com estímulos adequados tem bons níveis de produtividade, são vítimas de estereótipos negativos que dificultam a sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade.  Portanto, é necessário acabar com as dificuldades que impedem o acesso dos autistas ao contexto social. É fundamental que o Ministério da Saúde forneça profissionais da área da saúde metal, em postos de saúde pública , que consigam fornecer diagnósticos precoces e tratamentos alternativos a fim de facilitar a inserção de pessoas com autismo, desde a infância, em todas as classes sociais. Também é importante que Governo federal e municipal crie programas que estimule a aceitação do diferente, com palestras em escolas públicas, abertas para a comunidade, que levem profissionais e pacientes para demonstrar como as diferenças não determinam padrões de inferioridades tentando acabar com o preconceito que dificulta a inserção. Assim, é possível criar um país mais democrático onde todos tenham acesso a seus direitos naturais.