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Enviada em: 08/05/2018

Há várias décadas em que a espécie humana vêm enfrentando uma enfermidade preocupante: o Transtorno do Espectro Autista. Segundo dados da Revista Autismo, essa síndrome, que altera o comportamento sociocomunicativo do portador, já foi diagnostica em cerca de 70 milhões de pessoas no mundo, só no Brasil são aproximadamente 2 milhões de casos. Embora seja uma doença que afeta vários indivíduos, há, ainda, dificuldades no diagnóstico e no acesso ao tratamento, que é limitado. Além disso, ocorre a exclusão da pessoa com transtorno do espectro autista do âmbito social, devido às limitações comunicativas. Logo, esses são alguns dos desafios enfrentados pela pessoa autista.                 De fato, a síndrome ainda é de difícil diagnóstico, pois nem com teste genético é possível a sua determinação. Entretanto, o médico psiquiatra e ou neurologista podem determinar o estado clínico do paciente e o grau do transtorno. Embora isso seja garantido pela Lei 12.764, que institui a proteção dos direitos dos autistas e dá direito integral às necessidades de saúde, na prática ainda há barreiras que impedem o cumprimento de tal direito, como o baixo número de profissionais especializados no diagnóstico e tratamento,  a pequena participação social na formulação de políticas públicas voltada à causa e a quase inexistente inserção do autista no convívio social. Sendo assim, é importante que a síndrome seja identificada precocemente, para que seja tratada corretamente, visando, assim, diminuir os efeitos da doença, atenuar o quadro clínico e dar mais qualidade de vida aos seus portadores.            Além disso, é preciso ressaltar que, por alterar aspectos comunicativos do indivíduo, a pessoa com o Transtorno do Espectro Autista possuí uma interação comunicativa e social limitada. Ainda que essa alteração seja uma consequência normal da doença, é comum a exclusão social do autista pela comunidade, visto que possuem diferenças na linguagem, nos processos de comunicação, na interação e  no comportamento social. Por isso, é necessário que as atitudes estigmatizadoras e que isolam os portadores de autismo da socialização sejam condenadas, afim de que possam ser vistos como um indivíduo digno de ter acesso à educação, ao emprego e ao convívio social, como qualquer pessoa.         Portanto, medidas emergenciais e de longo prazo devem ser tomadas, a fim de que haja um diagnóstico precoce, tratamento individualizado e inclusão social do indivíduo autista. Dessa maneira, as autoridades, por meio do Ministério da Saúde, devem implementar e criar políticas públicas que inclua e disponibilize o diagnóstico e o tratamento por meio do Sistema Único de Saúde - SUS. Ademais, os meios de comunicação devem conscientizar a todos sobre o autismo, para que se tenha maior conhecimento da doença, menor preconceito e a socialização dos portadores. Só com medidas efetivas, como essas, poderá ser possível amenizar as barreiras enfrentadas pelos autistas brasileiros.