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Enviada em: 30/08/2018

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma síndrome que afeta o sistema nervoso central, dificultando a habilidade de comunicação e interação social da criança. A ABRA (Associação Brasileira de Autismo), afirma que, por ano, são descobertos mais de 150 mil casos no Brasil e, tão alarmante quanto esse dado, é a falta de informação sobre essa doença por parte da sociedade e a carência de acessibilidade para a inclusão dessas pessoas no nosso meio. Antes de tudo, dados de uma pesquisa da USP apontam que em 1993 o autismo passou a ser visto como uma doença. Por conseguinte, em 2008, a ONU lançou o dia Mundial da Conscientização do Autismo, sendo que o Brasil, apenas no ano de 2012 fundamentou a Lei de Proteção dos Direitos do Autista. Tal demora criou um tabu em torno da síndrome, alimentando uma sociedade ignorante e regada de pré-conceitos, que demonstra não ter espaço para integrar essas crianças. Além disso, as escolas do ensino regular não são adaptadas para receberem os portadores do TEA. Não há um currículo abrangente, que inclua as crianças autistas de forma que elas consigam aprender ou se sentir parte do ambiente escolar. Outrossim, tais meninos e meninas possuem uma enorme dificuldade com relação as interações sociais. Eles vêem tudo de forma lógica, ou seja, demonstrar sentimentos e emoções é complexo, coisa que afasta outras pessoas e dificulta a sua vida em comunidade. Pode perceber-se, então, que os autistas precisam ter mais visibilidade no Brasil, e que as escolas precisam se adaptar para que eles consigam aprender, e viver em grupo. Para que isso aconteça, é necessário que o MEC, juntamente com o Ministério da Saúde, levem documentários sobre autismo para as escolas, e assim promovendo o debate durante as aulas e o conhecimento da doença para os demais estudantes. Ademais, a Secretaria de Educação deve mudar o currículo escolar, adaptando os  assuntos à temporalidade do autista com o fim de estabelecer a inclusão.