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Enviada em: 10/05/2018

Para o filósofo Aristóteles,´´ É preciso tratar igualmente os iguais, desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.´´ Desse modo, o Brasil assegura o tratamento equânime entre todos os indivíduos. No entanto, a população autista ainda continua sendo excluída da participação social. Por isso, cabe discutir o papel da escola em influenciar as crianças a conviver com as diferenças e a inércia do governo em adotar políticas públicas para quem sofre com essa síndrome.      É possível destacar, antes de tudo, que a educação infantil ainda está longe de capacitar os alunos para que possam se relacionar com pessoas que possuem doenças especiais. Nessa perspectiva, a escola, por possuir um currículo baseado, desde o ensino infantil, na concorrência por vagas em universidades públicas, esquece de influenciar o indivíduo a conviver com as diferenças. Dessa forma, a população autista passará a sofrer condutas preconceituosas no ambiente escolar e, por consequência, em todos os ambientes sociais, uma vez que a instituição escolar  não preparou o cidadão para respeitar o próximo, como na filosofia de Aristóteles.    Outrossim, percebe-se que o problema vai além da questão da formação educacional e entra na esfera  da incúria governamental para desenvolver políticas de inclusão social dos autistas. Destarte, a falta de investimentos em uma população que é minoria no meio social ocorre em virtude do Estado preferir investir, por achar mais lucrativo, em classe de pessoas que não possuem necessidades especiais. Isso demonstra o cenário capitalista em que os investimentos governamentais estão direcionados a uma classe com mais chances de produzir lucro para o Estado e negligenciando uma minoria que precisa de apoio. Assim, este grupo de indivíduos irá sofrer com a exclusão social.      Fica claro, portanto, que se deve incluir socialmente a população com síndrome de autismo. Para isso, o Ministério da educação deve investir nas escolas para ocorrer uma mudança na forma de ensino, proporcionando palestras e debates sobre as formas de conviver com pessoas especiais. Além disso, o IBGE deve fazer pesquisas para descobrir quais ambientes possuem mais necessidades de recursos, a fim de que os investimentos sejam direcionados de forma correta e os autistas possam conviver de forma digna. Ademais, as escolas municipais, em parceria com a prefeitura, podem desenvolver oficinas de incentivo as criatividades dos alunos com essas necessidades especiais para que eles possam competir igualmente com todos a, por exemplo, cargos de trabalho. Assim, a igualdade material proposta por Aristóteles será exercida.