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Enviada em: 13/05/2018

De acordo com a Teoria da Evolução, o uso da linguagem por meio da emissão de grunhidos pelos hominídeos auxiliou no longo processo de conquista do ambiente e na perpetuação da espécie. Todavia, milhares de anos após o ocorrido, seus descendentes autistas apresentam dificuldades em se comunicarem e incluírem na terra das palmeiras. Sendo assim, torna-se válido avaliar esses processos, tendo em vista os impasses enfrentados nos ambientes familiar e escolar.   Em primeiro plano, o mecanismo do sistema educacional brasileiro dificulta a integração de portadores de autismo. Isso ocorre porque a aprendizagem é padronizada: os estudantes devem sentar-se em cadeiras e assistir a horas de explicações dos professores acerca de assuntos delimitados. No entanto, a comunicação com esses indivíduos deve ser feita de maneira cuidadosa e com poucas palavras, como afirmam psicólogos. Tendo em vista que a doença pode acarretar agressão, falta de empatia e até mesmo perda na fala; exige-se orientação aos educadores por parte de profissionais da saúde especializados no assunto, mediante reuniões realizadas nos colégios antes do início do ano letivo.    Além do âmbito educacional, há pais que não sabem lidar da forma correta com seus filhos autistas. Tal cenário acontece porque o dificultoso diagnóstico encontra-se aliado à necessidade de um tratamento multidisciplinar com psiquiatras, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fonoaudiólogos. Em contraponto, tais serviços não são ofertados pelo SUS devido à falta de recursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde às secretárias municipais e estaduais. Prova disso é a sentença divulgada no site do Tribunal de Justiça de Tocantins, cuja afirmação principal é a de que o Estado negou-se a tratar de paciente com autismo devido a ausência de tais serviços.   Fica claro, portanto, a urgência da atuação de setores sociais em conjunto. De modo que as escolas apresentem o arcabouço suficiente para a integração dos autistas, administradores de tais instituições devem contactar a equipe interdisciplinar supracitada, que orientará os professores no que tange à maneira mais adequada de lidar com tais estudantes, seja por meio de atividades com jogos educativos, seja mediante a produção artística com desenhos a mão livre. Ademais, o ministro da saúde e os membros de secretarias estaduais do país devem reunir-se de modo a estabelecer o orçamento ideal para a posterior contratação de profissionais em cada estado. Tais medidas aliadas a propagandas televisivas, divulgadas em horário nobre, acerca do tratamento possibilitarão a inclusão.