No livro O cérebro autista de Temple Grandin é abordado o cotidiano problemático de um indivíduo com autismo.O portador do T.E.A[Transtorno de Espectro Autista] no Brasil é cercado de leis ,entretanto sofre preconceito e menosprezo por sua condição,principalmente acerca de educação e trabalho.Assim, visto a problemática social, é preciso que Poder Público e sociedade atentem a causadores como leis ineficazes e individualismo exacerbado. É indubitável que a questão constitucional corrobora para o aumento da exclusão do autista em vários âmbitos da sociedade.Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve, através da justiça,lutar para alcançar um equilíbrio.Todavia, fazendo uma analogia vê-se que no Brasil não é alcançado tal harmonia proposta pelo pensador,pois mesmo com leis como a 12.764,a qual garante alguns direitos aos portadores de necessidades especiais,tais regulamentações não são respeitadas.Prova dessa exclusão foi vista em 2017,quando em São Paulo a mãe de miguel -criança autista- recebeu um não ao tentar matricular seu filho em uma escola privada.Desse modo, é mister a regularização em práticas regulatórias com intuito de sanar o problema. Além disso,o individualismo em excesso pode maximizar os desafios sofridos pelos indivíduos com TEA cotidianamente .Conforme defendeu o sociólogo polonês Zigmunt Baumam,a sociedade pós-moderna se afasta cada vez mais de relações interpessoais,sobretudo, pela lógica hipercapitalista implantada no século XX.Em detrimento disso, o egocentrismo é potencializado e pessoas com necessidades especiais ,por exemplo, sofrem hostilizações como o ´´Bullyng´´nas escolas e assédio nos trabalhos.Nesse sentido,é notório a importância da atenuação do individualismo na sociedade contemporânea,para que o menosprezo não vire um cultura perpetuada. Destarte,seja por ineficácia de leis ou pelo individualismo,é preciso empenho de Poder Público e sociedade para resolver o entrave do autismo no Brasil.Portanto,o Governo Federal aliado às esferas municipais e estaduais,através de investimentos públicos na segurança,deve implantar nas delegacias ,departamentos específicos para casos contra portadores de deficiências,fundamentalmente em metrópoles,em que a concentração de autistas é maior,para assim garantir o direito e proteção desses.Ademais o M.E.C deve promover debates e palestras nas escolas públicas e privadas,com intuito de ressaltar a importância do respeito e altruísmo com os mais necessitados.Somente assim,se chegará no equilíbrio aristotélico e sanará o individualismo na sociedade.