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Enviada em: 15/05/2018

No século XVI,houve um redimensionamento da visão com relação à deficiência,que deixou de ser tratada como uma questão social para ser compreendida por uma abordagem médica.A partir dessa perspectiva,os portadores do espectro autista que antes eram marginalizados,hoje devido à avanços médicos têm a possibilidade de uma melhor qualidade de vida.No entanto,é importante  destacar no Brasil,que ainda existem inúmeros desafios no que se diz respeito à integração social dos portadores dessa condição visto que sofrem constantemente com o descaso da sociedade e do governo.                      A princípio,é preciso analisar a negligência da sociedade na inclusão de pessoas com autismo no país.Segundo o sociólogo Pierre Bordieu,"a violência aos direitos humanos não consiste somente no embate físico,o desrespeito está sobretudo na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade humana ou grupo social''.Dessa forma,é possível presenciar uma grande disseminação de visões estereotipadas e segregacionistas latentes no corpo social,de modo que as instituições educacionais brasileiras acabam por não estarem preparadas há ofertar um ensino adequado para esses indivíduos,que de acordo com a OMS,somente uma criança autista a cada 160 estão inseridas nas escolas. Logo,percebe-se que o caminho para a inclusão não está em dividir a escola em ''normais e especiais'',a integração só tornará efetiva quando o ensino começar a acolher as diferenças.                        Paralelamente,faz-se necessário atentar para a displicência do governo nos desafios para a inclusão social de pessoas com autismo.Conforme o ''site'' G1,dos 2 milhões de casos de autismo no país,apenas 488 estão matriculados no ensino superior.De acordo com a Constituição Federal,artigo208,é dever do Estado ''garantir a educação à todos e atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,preferencialmente na rede regular de ensino público''.Na prática,porém,nota-se o fracasso das autoridades competentes em promover a eficiência da lei,de modo que a precária capacitação das equipes pedagógicas e das metodologias educacionais acaba por não desenvolver o aproveitamento sociocognitivo desse grupo especial que juntamente com a falta de políticas públicas cooperam com a exclusão dessa minoria.                                                                                 Diante desse quadro,é inegável a necessidade de maior desempenho do governo no combate à exclusão dos autistas no país.A fim de atenuar o problema, o Ministério da Educação,deve promover maiores investimentos nas redes de ensino,por meio de uma melhor capacitação dos professores e pedagogos que instruam sobre a necessidades de tal grupo,como a inclusão do método ''ABA''(treinamento em análise comportamental),utilizando de técnicas para acolher os indivíduos e incentivar sua permanência nas escolas para que eleve sua visualização como membro do corpo social.A partir dessas ações,espera-se uma melhora nas condições educacionais e sociais.