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Enviada em: 13/05/2018

Tinha uma pedra no meio do caminho       Consoante ao poeta Cazuza, "Eu vejo o futuro repetir o passado", o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um problema atual. Desde a Segunda Guerra Mundial a palavra autismo é utilizada para explicar tal transtorno e evidencia-se que essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, na contemporaneidade brasileira, as dificuldades persistem, por preconceito e falta de tratamento adequado.       Em primeira análise, vê se que o preconceito enraizado através do patriarcado dificulta a inclusão de autistas na sociedade brasileira e são mal vistos por colegas e educadores no ambiente escolar - um exemplo é Temple Gardin, Ph.D. em Zootecnia -, pois outrora era tratados como pacientes esquizofrênicos, em virtude de serem indivíduos com desvios qualitativos na comunicação, interação social e no uso da imaginação, segundo a Associação Brasileira de Autismo. Entretanto, tem facilidade no desenvolvimento da leitura, raciocínio lógico, aprendizagem rápida de outros idiomas, dentre outras habilidades e apenas desenvolvem comportamentos excêntricos, com o propósito de ajudá-los a sobreviver diante dos problemas que lhes são apresentados.       De mesmo modo, cabe salientar, que um estudo divulgado pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention) revela que a estimativa atual é de um caso para cada 500 crianças no mundo (2 milhões no Brasil). Conquanto, a falta de tratamento adequado prejudica a evolução dos portadores deste distúrbio, em razão do desconhecimento das causas do TEA e seu diagnóstico, feito apenas por meio de observação direta de comportamento e entrevistas com familiares. Ademais, a falta de profissionais adequados nos postos de saúde e escolas é outro fator impossibilitador, dado que o tratamento envolve profissionais multidisciplinares, através de intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e comunicação.       Parafraseando Drummond, para que se retire a pedra do meio do caminho, destarte, medidas são necessárias para resolver a problemática. Sendo assim, o Ministério da Saúde juntamento com o MEC, deve contratar profissionais capacitados e realizar cursos de aperfeiçoamento para profissionais da área da saúde e educação, a fim de melhorar o tratamento para os autistas e reduzir o preconceito para com eles, com a finalidade de beneficiar sua interação social. O governo federal deve realizar campanhas midiáticas para que o comunidade brasileira perceba que estes indivíduos não devem ser tratado com desprezo e sim com amor. Outras medidas devem ser tomadas, porém como diz o escritor Oscar Wilde," o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação".