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Enviada em: 15/05/2018

A frase atribuída a Montesquieu, "A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos", ilustra bem a situação do portador de autismo no Brasil. O autista, assim como qualquer minoria, lida com dificuldades de inclusão tanto por ignorância quanto neglicência de diversos setores sociais. Mas a experiência mostra que o quadro pode ser melhorado.       Síndrome possivelmente ligada ao cromossomo "y" masculino, o autismo afeta a capacidade de crianças e adultos de se comunicarem e terem intuição social. Assim, tanto em ambiente escolar, profissional ou de livre interação pode causar isolamento do indivíduo caso lide com outros menos empáticos à situação. Trazendo à tona a ideia de Montesquieu, a dificuldade de incluir socialmente o autista reflete como trataremos o caso de qualquer grupo desfavorecido no Brasil.         A consciência da importância da importância de um tratamento mais humano aos portadores de tal condição precisa atingir diversos segmentos da sociedade para haver resultados palpáveis. Mostrar, por exemplo, ao empresariado nacional o potencial do autista, aos professores como promover uma interação saudável em sala de aula, aos pais como preparar os filhos (tenham a síndrome ou não) para lidar com o caso, entre outros aspectos.         O quadro de inclusão do autista no Brasil pode ser elevado por uma união harmoniosa entre educadores, médicos, pais, empreendedores que reconheçam os direitos humanos e populares ligados à causa com o poder público. É possível discutir soluções específicas junto ao Estado, visto a melhora da situação dos deficientes nas últimas décadas. O país precisa reconhecer tal atitude como um exercício de cidadania.