Materiais:
Enviada em: 17/05/2018

O autismo é uma síndrome socio-comportamental de estudo e investigação científica recentes. Somente a partir da década de 1960 esta começou a ser abordada e delimitada quanto às características determinantes ao diagnóstico e tratamento adequados. Não existe um marcador biológico determinante da mesma, sendo aplicados testes e questionários de cunho psicológico para identificação da doença. Tais fatores são a base do preconceito e desconhecimento por parte da população em geral, gerando a segregação dos autistas.        O indivíduo portador da patologia poderá apresentar uma pluralidade de manifestações de privação comportamental e dificuldade de interação social marcados por transtornos obsessivos compulsivos, os  TOC's, intrigando e dificultando a pragmatização dos sintomas pelos profissionais da área. Utiliza-se usualmente o termo "espectro autista" para determinar o nível de afetação da doença. Temos, por exemplo, a Síndrome de Asperger que constitui uma manifestação "branda" do autismo, com maiores facilidades de reinserção social do portador. A importância de instituições como a ABRA (Associação Brasileira de Autismo) na difusão do conhecimento e no auxílio aos pais e profissionais na identificação precoce da doença é imprescindível, assim como na conscientização da população, visto que muitos tomam conhecimento mais aprofundado desta somente quando possuem um caso em seio familiar.        As mídias frequentemente adotam a temática com generalizações estereotipadas do autismo, sendo essencial a discussão e abordagem do tema para desmistificação da doença e quebra do preconceito gerado pela sociedade. As palestras e eventos promovidos pelo Dia Internacional de Conscientização do Autismo - 9 de abril - devem estenderem-se por todo ano, incentivando as pessoas a pesquisarem e entenderem acerca do assunto, já que existem grandes dificuldades na abordagem e inserção dos autistas em sociedade, principalmente no mercado de trabalho, apesar de a doença possuir uma incidência recorrente, pois apregoam-se o trabalho em equipe e a extroversão que grande parte dos indivíduos portadores não saberão desempenhar.         Diante deste cenário o incentivo às pesquisas científicas e estudo do autismo nas universidades é uma das chaves na difusão do conhecimento e desenvolvimento de novas terapias e especificidades acerca da síndrome. Tais indivíduos possuem facilidade de desenvolverem atividades que exijam sistematização, podendo, por exemplo, destacarem-se em áreas de segurança de dados virtuais, mercado que apresenta grande tendência de crescimento atual. Existem muitos aspectos a serem explanados pela sociedade enquanto apoiadora dos indivíduos com espectro autista, entretanto, tais medidas auxiliariam no entendimento que, como diria o escritor Balzac, "compreender é igualar".