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Enviada em: 17/05/2018

Segundo o famoso físico Isaac Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado inicial, até que uma força mude sua trajetória. Por analogia, pode-se comparar a questão do Transtorno de Espectro de Autismo como um corpo em repouso no Brasil e, que necessita de esforços por parte das instituições governamentais para traçar seu caminho de inclusão dentro da sociedade. Desse modo, a falta de políticas públicas desencadeia o despreparo de educadores dentro do âmbito escolar e, consequentemente, a não inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.            Retroagindo historicamente, houve, na década de 1980, a Reforma Psiquiátrica que teve como fito a reformulação no cuidado com o paciente com transtornos mentais, incluindo medidas mais humanizadas e tratamentos menos agressivos. Entretanto, somente em 2001 é que o país teve a promulgação de uma lei que consolidou a saúde mental como política de Estado. Como tais iniciativas governamentais tiveram seu inicio tardiamente no Brasil, a sociedade ainda encontra-se mergulhada na desinformação e no despreparo para lidar com os autistas. Com efeito, vale ressaltar a dificuldade de inclusão de crianças com o Transtorno de Espectro de Autismo no ensino regular público, haja vista que, a escola não esta apta, na grande maioria das vezes, para receber crianças com necessidades intelectuais, gerando assim, um ensino inferior para essa parcela da população.          Outro aspecto a ser abordado é a dificuldade dos jovens com autismo em adentrarem no mercado de trabalho. Indubitavelmente, pode-se citar a existência de um "efeito dominó", em que a ineficiência do sistema de ensino em alfabetizar e a ensinar essas crianças contribui para uma má formação intelectual desses jovens. Tal fato acarreta a dificuldade em ingressar em uma universidade ou mercado de trabalho, haja vista que, grande parte das empresas públicas ou privadas não encontram-se preparadas para receber pessoas com déficit intelectual ou preferem contratar indivíduos com outro tipo de necessidade especial.           Destarte, é de suma importância que o Ministério da Educação prepare os educadores através de cursos de capacitação sobre os inúmeros transtornos intelectuais, para que a escola integre esses alunos ao cotidiano de todos e que ofereça um ensino de qualidade e sem exclusões. Além disso, o Ministério da Saúde deve incorporar políticas de saúde com o tema supracitado, na forma de palestras informativas em postos de saúde, hospitais e escolas, a fim de sanar dúvidas e reduzir a desinformação. Dessa forma, a iniciativa governamental é a força necessária para retirar o autismo da inércia e reduzir as desigualdades, para erradicar definitivamente o preconceito. a iniciativa por parte do Governo é a força necessária para a inclusão de pessoas com necessidades intelectuais, como o autismo.