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Enviada em: 27/05/2018

Ao longo do processo de formação humanitária, havia-se pouco conhecimento de doenças de cunho mental, sendo o autismo uma dessas doenças. A falta de estudos sobre este assunto fez com que somente nos anos 90 o autismo realmente passasse à condição de doenças da OMS (Organização Mundial de Saúde), tendo por consequência a ainda pouca inclusão de pessoas com esta doença e o difícil diagnóstico da mesma.             O Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, tem 10% destes com autismo, aproximadamente. Embora seja um número considerado elevado, a falta de conhecimento sobre o assunto e políticas públicas faz com que a vida destas pessoas ainda sejam muito difíceis em comparação à pessoas com doenças mais conhecidas e estudadas. De acordo com Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Não há nenhuma espécie de "educação especial" e o tratamento torna-se altamente difícil, com poucos profissionais qualificados, ainda sem saber como lidar com a doença que, como a maioria das outras deficiências, não tem cura conhecida.             Outrossim, destaca-se o preconceito como um impulsionador para a ainda falta de inclusão de pessoas autistas na sociedade. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de coercitividade. Como o diagnóstico é extremamente difícil, estas pessoas ainda são vistas como "estranhas" e "diferentes", fazendo com que tenham dificuldades na escola (por estarem frequentando junto à pessoas sem esta doença e sem nenhum conhecimento sobre a mesma) e em outros lugares que frequentam.              Entende-se, portanto, que a continuidade do preconceito e da falta de inclusão de pessoas autistas na sociedade brasileira, se dá, principalmente, a poucos estudos, poucos profissionais qualificados, pouco conhecimento das pessoas que os rondam e legislação pouco favorecedora. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar planos maiores de estudos da doença tanto na Faculdade de Medicina, tanto na residência do futuro médico; fortalecer a legislação para que autistas possam frequentar as escolas com os mesmos direitos que pessoas com outras deficiências, e aumentar a campanha de conhecimento das outras pessoas em relação à doença. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, o fato social poderá ser minimizado no país.