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Enviada em: 19/05/2018

Segundo o dicionário Aurélio, o termo síndrome é definido por uma série de sintomas observáveis em diversos processos patológicos diferentes e sem causa específica. Essa definição abrangente e superficial reflete o que a população em geral e até mesmo profissionais especializados sabem contundentemente a respeito do Autismo. Incluída apenas em 1993 na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (ONU), atualmente, é a condição mais que acomete crianças no Brasil, somando um total de 2 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos, segundo a mesma instituição, configurando um caso urgente que culmina na marginalização e dificuldade de tratamento e inclusão dos autistas na esfera sociocultural e econômica do país e do mundo, seja por falta de informação técnica, seja por falta de discussão sobre o tema.       Um dos maiores problemas acerca da síndrome é a falta de informação técnica e médica a respeito da mesma e a dificuldade em diagnosticá-la. O Autismo é uma condição que pode ser expressa em maior ou menor intensidade, configurando o que se chama de "espectro Autista", indicando que existe um gradiente. Entretanto, infelizmente, as causas para o aparecimento e desenvolvimento da síndrome permanecem desconhecidas. Ainda que pouco se saiba a respeito das causas do autismo, a identificação precoce é a melhor forma de atenuar os sintomas, principalmente através dos estímulos ao desenvolvimento intelectual e social dos pacientes, garantindo a inclusão pacífica desses pacientes.       Também decorre da falta de informação, a falta de discussão sobre o tema, tornando a síndrome algo que parece distante da sociedade. É evidente que não é, como comprovado pelo número fornecido pela ONU, mais de 70 milhões de pessoas no mundo encontram-se dentro do espectro autista. Esse fator é determinante: sem acesso à informação, a população em geral, a família e a escola ficam fragilizados e desprovidos de ferramentas para identificar e acelerar a inclusão dos autistas de forma efetiva.       Como demonstrado, uma das melhores estratégias para garantir a inclusão dos autistas na sociedade brasileira é o conhecimento sobre a síndrome. Esse conhecimento deve ser estimulado na comunidade popular e na comunidade médica. Na comunidade médica, órgãos como a CAPES e CNPq devem garantir, em âmbito nacional, financiamento às pesquisas clínicas na área. As universidades financiadas, por sua vez, devem abrir suas portas e fornecer formação técnica e atualizada, aprimorando aos profissionais especializados. Essa comunidade capacitada deve atuar intensivamente, suportada pelo SUS e pelas políticas municipais, fornecendo informação simples, clara e suficiente, seja através de palestras e divulgação de cartilhas, seja por meios digitais e televisivos.