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Enviada em: 21/05/2018

A República Federativa do Brasil constitui-se um país Democrático de Direito e tem como objetivo fundamental construir uma sociedade livre, justa e igualitária. Entretanto, a exclusão de pessoas autista da sociedade mostra que tais indivíduos não tem seus direitos garantidos na prática. Tal problema é fruto do preconceito ainda enraizado na sociedade, relacionado à precária oportunidade de trabalho para os autistas.     No primeiro plano, o preconceito acerca do autismo é uma das causas que dificulta a inclusão dessa população à sociedade. Essa situação se dá pela pouca informação sobre o assunto, bem como o contexto histórico-social da população com transtorno mental, que acreditam que a internação em hospitais psiquiátricos e o isolamento era necessário para a recuperação e socialização. E consequentemente, essa mentalidade errônea ainda está presente no século XXI, que creem que esses indivíduos são incapazes de exercer alguma função social. Desse modo, percebe-se a necessidade de mudar tais pensamentos e para isso, cabe as instituições de ensino e a família desconstruí-los.    Outro fator relevante é as ineficientes políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O Estado busca oferecer a integração, mas é incipiente no trabalho de inclusão dessa população. A esse respeito, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista assegura o estímulo à inserção desses indivíduos no mercado de trabalho, no entanto na prática não é perceptível programas projetados para atender às necessidades de autistas adultos. Essa é uma grande batalha social que precisa ser combatida.     Urge, portanto, a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária como previsto pelo Estado Democrático de Direito. Nesse contexto, cabe ao Ministério da Saúde, financiar ONGs como Autismo e Realidade, que tem centros especializados com estrutura física e um site com informações sobre o TEA, além de trabalhos científicos e literários. Ademais, convém ao Ministério da Educação em parceria com essas ONGs divulgar seus trabalhos em escolas, por meio de palestras e cartilhas, elucidando todos os profissionais e pais de alunos, o que vai reduzir a falta de conhecimento sobre o assunto. Além disso, o Poder Público, junto com empresas, implantar cotas para indivíduos com TEA, bem como capacitar os funcionários para melhor receber essa população. Assim, beneficiará o autista e toda a sociedade.