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Enviada em: 28/05/2018

Desde o final da primeira metade do século XX, a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que existe um movimento mundial com a proposta de garantir os direitos básicos dos indivíduos. Assim, a inclusão de pessoas com autismo é um grande desafio no mundo. No Brasil, o transtorno do espectro autista atinge 2 milhões de crianças, de ambos os sexos, sendo mais frequente em homens, de acordo com o Ministério da Saúde. Daí, portanto, a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce, além de um atendimento escolar especializado, para que haja a inclusão.    Com efeito, um dos grandes entraves na inclusão de pessoas autistas é a demora no diagnóstico e o início do tratamento, que são fundamentais para a melhoria do quadro do paciente, como afirma o psiquiatra Dr. Estevão Vadasz. Normalmente, esse período delongado para a identificação do distúrbio ocorre em razão dos diferentes graus de funcionalidade e as formas variadas dos sintomas, que comprometem as habilidades sociais e comunicativas, manifestas em comportamentos estereotipados, que nem sempre são detectados imediatamente pelos pais ou até pelos médicos.   Desse modo, as crianças são conduzidas às escolas, onde ficam boa parte do tempo. Assim, é comum os educadores notarem as dificuldades de aprendizado dos educandos, alertando, então, os familiares. Aliás, a educação tem um papel preponderante na inclusão social dos autistas, pois no espaço escolar se aprende a "lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem", como diz o professor Boaventura de Souza Santos. Logo, médicos, escola, pais e sociedade são vitais nessa inclusão.   Portanto, para que os autistas sejam incluídos, é imprescindível que o Ministério da Saúde construa centros especializados de transtorno espectro autista, que tenha no seu quadro de funcionários médicos-pesquisadores, gabaritados na área, que disponham de equipamentos modernos, visando diagnosticar e tratar precocemente os pacientes. Ademais, o Ministério da Educação deve fomentar o planejamento escolar individualizado, com o auxílio dos pais, a fim de atender os autistas, incluindo-os na sociedade.