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Enviada em: 25/05/2018

A música ''Chained the Rhythm'', da cantora norte-americana Katy Perry, retrata a banalização, por parte da sociedade, dos problemas sociais vigentes no contexto contemporâneo. Nesse sentido, na realidade, assim como na canção, é possível inferir que os impasses para a inclusão de autistas no Brasil compartilha deste cenário, uma vez que, não é uma esfera de ampla discussão na coletividade afetando o desenvolvimento igualitário na sociedade. Tendo em vista esse fato, duas causas fazem-se relevantes: a exiguidade de informações a cerca da questão e a falta de políticas públicas suficientes para a imersão social dos mesmos.            Em primeiro lugar, pesquisas voltadas ao campo da temática são escassas o que pode contribuir para a criação de esteriótipos e a disseminação de informações errôneas sobre o autismo por parte da sociedade. Tal aspecto pode ser evidenciado pelo fato de que o Transtorno do Espectro Autista apenas foi classificado internacionalmente como uma doença em 1993 pela OMS, Organização Mundial da Saúde. Ademais, segundo especialistas, o diagnóstico autista não denota precisão por ser realizado com base na observação do paciente e não com o auxílio de um exame tradicional. Diante disso, a falta de informatividade sobre a questão gera o preconceito impossibilitando a inclusão efetiva dos autistas.             Outrossim, ainda é válido ressaltar a insuficiência de políticas públicas que garantam a proteção e os direitos dos autistas no Brasil. Embora, a legislação nacional preveja assistência para os autistas, tais ações são deficitárias, tendo em vista a densidade populacional de pessoas com autismo no país. De acordo com uma pesquisa feita em 13 centros de Atenção Psicossocial Infanto - Juvenil, CAPSi, na região metropolitana do Rio, 48% dos autistas de 4 a 17 anos não vão a escola periodicamente. Tal fato, pode evidenciar falhas pedagógicas e estruturais nas instituições escolares, ou na formação de docentes, à primeira vista.         Portanto, medidas fazem-se necessárias, no intuito de sanar as problemáticas envolvendo a inclusão de pessoas com autismo no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde deve incentivar financeiramente pólos de pesquisa pelo território nacional com enfoque na área do autismo e de doenças que não podem ser diagnosticadas por exames tradicionais. Ademais, a escola, juntamente a família, deve promover palestras e oficinas expositivas com país de alunos autistas visando esclarecer as verdadeiras dificuldades de pessoas com autismo e impedir a perpetuação de preconceitos e esteriótipos, a fim de garantir o desenvolvimento pleno e igualitário na sociedade civil.