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Enviada em: 21/05/2018

A Constituição Federal de 1988 assegura a todos os cidadãos brasileiros o pleno acesso à educação e desenvolvimento de suas habilidades cognitivas. Desse modo, é lamentável que um país marcado por sua diversidade, carregue a mazela da dificuldade de inclusão no cenário social e no acesso a uma educação efetiva dos indivíduos com autismo.     Primordialmente, é fundamental avaliar os impactos da falta de oportunidades no cotidiano de pessoas autistas.  Apesar de ser uma síndrome muito frequente no cenário nacional — visto que, segundo dados da ONU, essa doença afeta mais de dois milhões de brasileiros — muitas instituições encontram barreiras significativas na inclusão e na convivência legítima desses indivíduos devido, em grande parte dos casos, à desinformação dos funcionários e, consequentemente, despreparo perante a situação. Esse fato corrobora com a coerção social e Durkheim, certo que perante as implicações sociais, os autistas são constantemente segregados e destituídos de seus direitos.      Outro fator que corrobora com tal situação, é o despreparo das escolas em atender jovens e adolescentes com autismo; tanto na rede privada de ensino quanto na pública. Como muitos ambientes não apresentam um local sadio para a aprendizagem e muitos gestores não estão prontos para desenvolver um plano pedagógico eficiente para o público portador dessa síndrome, o efetivo progresso educacional e psicossocial  desses indivíduos é impossibilitado. Logo, com a ausência de medidas facilitadoras que permeiem a educação aos autistas, uma escola não resolve e muito menos atende aos desafios de inclusão.     Diante do exposto, é preponderante a função das mídias, em parceria com ONGs — como a de Autismo e Realidade — divulgar e esclarecer sobre as condições de ser autista; objetivando promover o respeito e a convivência plena desses indivíduos no cenário social. Além disso, é crucial o papel das escolas, sob tutela do MEC, em criar projetos pedagógicos e ambientes lúdicos que permeiem a educação efetiva aos indivíduos que possuem esse transtorno. Assim, serão minimizados os efeitos da pífia educação para autistas no Brasil e será possível superar os desafios da inclusão.