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Enviada em: 26/05/2018

De acordo com o Darwinismo, os indivíduos mais adaptados a um determinado meio são "selecionados" e possuem maiores chances de reproduzir e deixar descendentes com esse genótipo favorável. Já aqueles que não possuem essas características adaptativas tendem a ser excluídos, pela atuação da seleção natural, do meio em que vivem. Reproduzindo essa ideia para as sociedades humanas, os indivíduos com autismo são exemplos daqueles que por pressão natural são deixados à margem da comunidade, por dificuldades básicas de relacionamento. Dito isso, os desafios que permeiam a inclusão das pessoas autistas são o preconceito e a negligência do governo.          Em uma primeira análise, é válido observar que o preconceito instituído sobre as pessoas que sofrem com essa doença cognitiva é um desafio a ser combatido. O preconceito é potencializado pelos estereótipos fixados a respeito dos autistas que são vistos, pela maioria das pessoas, como improdutivos, possuírem retardo mental e intelectual. Essas características pejorativas estabelecidas erroneamente contribuem para que essas pessoas sejam desprezadas nas escolas, no trabalho, nos relacionamentos sociais e até mesmo dentro da própria família. A ilustrar essa mazela, um documentário exibido pelo Fantástico, em 2013, chamado "Autismo - Universo Particular" mostra claramente como essas discriminações são vigentes e recorrentes nos meios sociais. Dessa forma, é importante que o Governo, aliado as escolas, lute contra esse preconceito enraizado no Brasil.          Outrossim, a negligência do governo é um empecilho que dificulta a inclusão de pessoas autistas no país. Esta omissão ocorre quando não é oferecido informações para toda população sobre os possíveis sintomas de autismo ainda na infância e a falta de investimentos em tratamentos públicos, por exemplo. O diagnóstico de autismo ainda é bem deficitário no Brasil, se comparado a países como Estados Unidos que já possuem programas para identificar a doença ainda no início e poder melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Sob essa ótica, como o governo brasileiro não possui esses investimentos, muitas crianças autistas não recebem os tratamentos adequados ainda na descoberta da doença e por consequência se tornam dependentes dos pais e viram adultos excluídos de todos os âmbitos sociais. Assim, o diagnóstico precoce é vital para a inclusão desse grupo nas sociedades.         Torna-se evidente, portanto, a necessidade de mudança nesse cenário de exclusão social de autistas. Destarte, cabe ao Governo Federal investir nos estudos e programas sobre essa doença. Tal ação pode ser feita por meio da criação de institutos de pesquisa que explorem essa área, assim como criação nas faculdades de medicinas de matérias aprofundadas sobre o autismo, a fim de instruir melhores os  médicos. Essas medidas têm por objetivo melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.