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Enviada em: 27/05/2018

Em pleno século XXI, a inclusão de autistas não ocorre de maneira plena na sociedade e representa um problema a ser enfrentado de forma mais organizada no Brasil. Entre os fatores relacionados à problemática destacam-se as dificuldades para o tratamento e os dilemas no ambiente escolar.   Em primeiro plano, evidencia-se que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não recebem, na maioria dos casos, o tratamento adequado na rede pública de saúde. De acordo com Martha Hubner, professora do Instituto de Psicologia da USP, o método eficaz para a melhoria na qualidade de vida de indivíduos com autismo é a terapia comportamental. Entretanto, o número de profissionais capacitados, no sistema público, para tratar esse segmento é escasso em relação a demanda, faltam psicólogos, psiquiatras e neuropediatras o que dificulta desde o diagnóstico até a abordagem de tratamento, dessarte sem os recursos eficientes não há progresso o que gera exclusão dessa população.    Além disso, é inegável que o processo inclusivo de autistas no âmbito escolar é insatisfatório e repleto de impasses. Segundo o filósofo Rosseau, o estado democrático deve garantir igualdade a todos, todavia esse pensamento faz-se distante na realidade brasileira, visto que, há segregação dentro das escolas que não estão hábeis para receber esse público. Desse modo, pais ao exercerem o direito de matricular seus filhos no sistema de ensino encontram unidades despreparadas que não dispõe de profissionais capacitados para atendê-los, assim crianças e adolescentes acabam por não frequentar o ensino regular ocasionando consequências negativas, posto que, a mediação escolar é imperiosa para que a socialização do indivíduo ocorra de forma íntegra.   Portanto, percebe-se que, é imprescindível que medidas sejam tomadas para que ocorra a integração completa de pessoas com autismo na comunidade. Visto isso, cabe ao Poder Executivo, investir mais subsídios na contratação de psicólogos nos hospitais em regiões de maior déficit, para atender essa camada específica, para que o tratamento ocorra de maneira absoluta. Ademais, é mister que o Governo proporcione de maneira ampla a capacitação de profissionais que atuam no cuidado de pessoas com (TEA), por meio de cursos específicos ministrados por especialistas durante a graduação, afim de que esses estudantes formem-se aptos para esse atendimento. Por conseguinte, a inclusão ocorrerá de forma efetiva.