Materiais:
Enviada em: 22/05/2018

Direitos negligenciados       Segundo Thomas Hobbes, filósofo inglês, é necessário a existência do contrato social para que o Estado garanta o bem-estar social e coíba atos que rompam com essa harmonia. Entretanto, a exclusão vivenciada pelos portadores de autismo e o precário serviço de educação inclusiva, no Brasil, mostram a falha do aparato estatal. Logo, é fundamental melhorias para a inclusão desse grupo.     Deve-se pontuar, de início, que a exclusão dos portadores de autismo deve-se a uma sociedade preconceituosa. De acordo com Émile Durkheim, o fato social é a maneira de agir e pensar, dotada de generalidade, coercitividade e exterioridade. De maneira análoga, é perceptível que no Brasil o preconceito da coletividade se encaixa no postulado do filósofo, uma vez que se um indivíduo vive em uma família com esse tipo de pensamento, tende a adotá-lo também. Desse modo, é evidente que a família colabora para o preconceito enraizado na sociedade.     Vale ressaltar, também, que o aparato estatal é ineficiente no que se diz respeito a formação educacional inclusiva de jovens com autismo. De acordo com Paulo freire, a educação sozinha não transforma a sociedade, e sem ela tampouco a sociedade muda. De maneira análoga, é evidente que sem a educação os jovens com autismo continuarão a enfrentar desafios para a inclusão social, visto que, as escolas não possuem equipamentos e nem profissionais para atender a demanda do grupo. Além disso, é exigido um alto grau de instrução profissional para a ascensão do mercado de trabalho na sociedade capitalista brasileira, e assim contribuindo para a exclusão e limitação do grupo social.     É evidente, portanto, que o descaso estatal rompe com a harmonia do contrato social de Thomas Hobbes. É preciso que o Estado brasileiro promova melhorias no sistema de ensino por meio da adaptação dos portadores de autismo, com profissionais especializados, a fim de garantir a formação educacional do grupo. É imprescindível, também, que a sociedade civil por intermédio do diálogo promova uma conscientização igualitária da coletividade, para que o grupo social alcance sua integração na sociedade.