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Enviada em: 01/06/2018

Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi promulgada pela ONU, assegurando a todos os indivíduos o direito a educação e ao bem-estar social. Entretanto, à aplicação dessa prerrogativa é bastante escassa  quando relacionada a inclusão de pessoas com autismo na sociedade brasileira. Nesse contexto, não há dúvidas de que a inserção social de pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista no Brasil é um desafio, que ocorre, não só por negligência governamental bem como pela descriminação social.   Deve-se pontuar, de início, o preconceito societário que acompanha a vida de um autista, desde a entrada na escola até à incorporação no mercado de trabalho. Infelizmente, toda essa discriminação é fruto de padrões criados por uma consciência coletiva, que só aceita um ser humano considerado "perfeito". Segundo o filósofo Platão em uma das suas obras, a Alegoria da Caverna, ele retrata como é necessário, às vezes,  parar seguir um grupo ou o que uma coletividade pensa e passar a agir de acordo com os seus próprios extintos e princípios para então, se desvincular  de paradigmas e esteriótipos que uma comunidade cria. Consoante ao físico Albert Einstein uma mente que se propõe a um novo modo de pensar, jamais voltará a sua formação original.   Ademais, a falta de investimento e infraestrutura é um empasse para a inclusão de pessoas com autismo no Brasil. Poucas escolas e profissionais da rede pública estão apitos a oferecer a edução necessária que um autista precisa. De acordo com a revista Saúde e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP), há mais usuários do CAPSi ( Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil) estudando em escolas especiais do que regulares, o que foge à recomendação do MEC e dificulta completamente o processo de inserção desses indivíduos na sociedade.   É evidente, portanto, que há obstáculos para a integração de pessoas com autismo no território brasileiro. Dessa forma, é necessário que o MEC destine mais verbas para a capacitação das escolas e dos profissionais da edução, além de começar a trabalhar com mais frequência o tema nas instituições escolares  e na mídia, através de palestras, projetos de inclusão, atividades lúdicas e propagandas, afim de promover uma conscientização e diminuição do preconceito na sociedade. Conforme o ex-líder da África do Sul, Nelson Mandela a educação é a arma mais poderosa que pode-se usar para transformar o mundo, se ela mudar e passar a ser de qualidade, todos os outros setores do corpo social também mudarão e melhorarão, passando assim, a garantir o tão sonhado bem-estar social a todos os seus indivíduos.  .