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Enviada em: 22/05/2018

No século XIX, o sociólogo Émile Durkheim disseminou um pensamento segundo o qual a sociedade funciona como um organismo vivo, ou seja, todos os seus componentes deveriam viver em harmonia para que fosse possível conquistar o bem-estar geral. Sob essa ótica do pensador francês, no entanto, o Brasil caminha lentamente para atingir o equilíbrio nacional, visto que ainda existem desafios para  a inclusão de pessoas com autismo no país. Tal situação ocorre primordialmente pela inoperância estatal frente ao problema e pela má formação de valores dos setores da sociedade civil.     No que se refere a problemática em questão, pode-se tornar como primeiro ponto a ser ressaltado , a ínfima relevância dada ao autismo no contexto brasileiro. Diante desse pressuposto , a ausência do aparelho estatal frente aos investimentos no tratamento do autismo é reflexo nos diagnósticos e tratamentos incompletos oferecidos aos autistas nos centros de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que mais de um terço da população autista brasileira não possui atendimentos e acompanhamentos médicos e específicos durante seu tratamento.     Outrossim, o preconceito das pessoas com os autistas no dia a dia também é uma questão a ser analisada no cenário atual. Segundo uma pesquisa do Ministério da Educação, 4 em cada 5 autistas não conseguem ser inseridos nos ambientes escolares e nem sequer possuem o direito de exercer uma educação plena ao longo da sua vida. Desse modo, há a necessidade de o autismo deixar de ser visto apenas como um fato cotidiano e passar a ser encarado como um problema de ordem social no país.     Portanto, com o fito de superar os problemas relacionados à inclusão de autistas, propiciando a existência da sociedade equilibrada idealizada por Durkheim, compete ao Tribunal de Contas da União, direcionar capital que, por intermédio do Ministério da Saúde, será revertido em políticas de saúde que propiciem o tratamento e diagnóstico de pessoas com autismo, com o intuito de fornecer base para o tratamento dessa doença. Paralelamente, o Ministério da Educação deve instituir, nas praças públicas, campanhas educativas de alerta para conscientizar a população, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus.