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Enviada em: 23/05/2018

É indiscutível que pessoas com autismo sofrem com graves problemas de inclusão no Brasil. Algo extremamente preocupante pelo fato desse distanciamento social prejudicar as pessoas portadoras desse transtorno de forma significativa, ao ponto de influenciar no seu desenvolvimento comportamental e até mesmo intensificar os seus sintomas. E é devido tamanha gravidade que se justifica a importância na mudança de postura da sociedade brasileira, uma das maiores responsáveis pela exclusão do grupo.              Tendo como base a dissertação de mestrado de Fernando Braga da Costa: "Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social", faz-se correto considerar que portadores do autismo são um dos grupos que também sofrem com a invisibilidade social. E essa invisibilidade pode ser explicada pela insipiência de grande parte da população a cerca dessa síndrome e de como portar-se diante dela, dificultando as interações interpessoais de quem já sofre com isso devido a sua condição.         Ademais, o fato de haver inúmeros empecilhos para um bom convívio entre pessoas que apresentam ou não tal transtorno fere o Princípio da Isonomia, garantido pela Constituição Federal de 1988, no qual todos têm o direito de serem tratados de maneira igualitária. Circunstância que justifica a negligência também do Estado para com a problemática bem como a necessidade de seus esforços para mudar o quadro social  apresentado.             Diante das reflexões expostas, nota-se a urgência na adoção de medidas que erradiquem o vilipêndio sofrido pelos autistas. Uma iniciativa eficiente seria a criação de uma matéria, voltada para o estudo de diversas síndromes, principalmente do autismo, dentro de um intercâmbio com a sociologia, a qual, ao ser inserida na grade curricular das escolas por intermédio do Ministério da Educação, incentivaria o contato das crianças com pessoas de qualquer condição mental. Outra proposta interessante seria a promoção de palestras, pela União, nas universidades, ministradas por psiquiatras, psicólogos e antropólogos , os quais por meio de um processo elucidativo, trabalhariam na construção de profissionais mais instruídos e capacitados para lidar com qualquer tipo de público independente de sua formação. A fim de que pessoas não só com autismo, mas também com outras síndromes deixem de ser invisíveis socialmente e possam exercer seu papel na sociedade que, agora, estaria mais receptiva a inclusão de todos.