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Enviada em: 28/05/2018

O autismo foi adicionado à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde em 1993, evidenciando-se como extremamente recentes medidas que não marginalizem indivíduos com tal síndrome na sociedade brasileira. Essa relativa demora ilustra a carência de iniciativas as quais incluem pessoas com autismo no Brasil devido, sobretudo, ao preconceito da população a respeito da capacidade física e mental desses cidadãos é à falta de incentivo das entidades públicas às propagandas e à pesquisa dessa doença.      É essencial ressaltar, primeiramente, que quando Émile Durkheim enuncia a submissão da sociedade a padrões culturais que regem o cidadão, ainda mesmo na infância, de forma inconsciente, demonstra a grande influência dos costumes brasileiros de apresentar certa discriminação com os autistas na dificuldade destes em se interar no social. Nesse cenário, essas pessoas são vistas como incapazes de realizarem atividades cidadãs comuns, o que acarreta invisibilidade dessa categoria. Nesse sentido, os autistas enfrentam empecilhos na juventude, quando são vítimas do bullying, e na vida adulta, quando enfrentam complicações no mercado de trabalho. Dessa forma, a garantia de respeito da sociedade aos autistas é um desafio a ser enfrentado.       Além disso, segundo Ray Bradburry, em seu livro Fahrenheit 451, é muito importante manter a sociedade informada para construir senso crítico nas pessoas e perpetuar a democracia, o que evidencia a necessidade do Estado de Direito do Brasil difundir com mais veemência o quê, como e por qual motivo o autismo se constitui, incluindo-os no social. Nessa perspectiva, com a iniciativa das instituições públicas, ferramentas como aparelhos especializados para autistas nas escolas, desde ambientação até livros, bem como formação de professores nessa área, instituições sociais que visam à capacitação de tais indivíduos no mercado de trabalho entre outras implicará oportunidades para os autistas se promoverem na população com dignidade.     Fica clara, então, o mal prognóstico de acessibilidade dos autistas na sociedade brasileira. No propósito de reverter essa problemática, as escolas e universidades devem fomentar constante e periodicamente debates acerca dessa doença por meio de feiras de ciência e palestras com autoridades no assunto, porque, assim, haverá diluição dos pressupostos negativos que fazem com os autistas. Ademais, o Ministério da Saúde pode financiar a pesquisa dessa síndrome através dos subsídios proporcionados a instituições de iniciação científica as quais visam à descoberta de informações do autismo, pois, dessa maneira, perpetuará o debate sobre esse assunto. Outrossim, a tendência é a inclusão social desse grupo no Brasil.