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Enviada em: 31/05/2018

No Brasil, a inclusão de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista ainda é uma questão a tratar. Nesse sentido, é imprescindível entender, hodiernamente, a importância dos debates e campanhas sobre essa situação para garantir a democracia, o respeito e a dignidade, haja vista os eventuais acontecimentos no que tange a discriminação e exclusão social para com os autistas. Destarte, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos escolares, de saúde pública e de fiscalização legislativa.  Conforme esse contexto, a lei Federal de 2012 que assegura a participação de pessoas com o espectro autista nos centros urbanos, serviços e -especialmente- escolas, infelizmente, na prática não se faz visível. De fato, a ausência de fiscalização legislativa, somada ainda a rejeição escolar e o despreparo dos professores são impasses que conduzem para o preconceito social, desrespeito e limitação do acesso a educação a pessoas autistas. Desse modo, tal cenário viabiliza a discriminação, uma vez que a integração e a troca de conhecimentos são instrumentos importantes não só na humanização dos indivíduos, mas também na valorização e no reconhecimento das diferenças existentes em qualquer comunidade. Em síntese, a inclusão dos autistas em sociedade é fundamental para garantir o exercício da cidadania e uma sociedade mais democrática, afastando-se, assim, do preconceito social. Outrossim, é preciso destacar que é inadmissível os investimentos governamentais concentrarem maiores esforços para a inclusão daqueles que apresentam, prioritariamente, alguma deficiência física. Nesse particular, por exemplo, é mais fácil contratar um jovem com deficiência física, devido as acessibilidades existentes, do que com deficiência intelectual. Outra questão importante diz respeito a aplicação financeira insuficiente em políticas de saúde pública no tratamento, diagnóstico e pesquisas na área, fato que dificulta o tratamento precoce, o qual quando descoberto cedo colabora para uma melhor socialização do indivíduo autista, pois a timidez e a insegurança, por exemplo, podem ser superadas logo no início, com ajuda. Destarte, é imprescindível o papel do Governo, bem como uma sinergia entre a escola e a mídia, para uma maior inclusão dos autistas na sociedade brasileira. Para tanto, ao Governo compete o investimento não só em fiscalização escolar a fim de um maior acesso à educação, mas também em políticas de saúde pública para identificação precoce do Espectro Autista e pesquisas com desígnio a uma maior integração desse indivíduo na sociedade. Ademais, a escola junto a mídia devem buscar conscientizar a população por meio de debates, palestras e campanhas de alerta a fim de ampliar as condições para a inclusão social dos portadores de qualquer deficiência, seja física, seja intelectual.