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Enviada em: 23/05/2018

Segundo o pensamento do antropólogo Claude Lévi-Straus, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama auxilia na analise da questão dos desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil, visto que a comunidade, historicamente, marginaliza as minorias, o que promove a falta de apoio da população e do estado para com essas pessoas, dificultando a sua participação plena no corpo social.     Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto pelos grupos dominantes, no qual o indivíduo que não atende aos requisitos estabelecidos, sofre uma periferização social. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Straus, nota-se que tais autistas não são valorizados de forma plena, pois as suas necessidades de inclusão social são tidas como uma obrigação pessoal, são coletivos e estatais. Com isso, vale lembrar que segundo dados do CDC, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos,existe hoje um caso de autismos para cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que no Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de pessoas com a síndrome.         Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de Modernidade Líquida de Zygmunt bauman, que explica a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais, aumentando o individualismos. Desse modo, o sujeito, ao estar imerso desse panorama líquido, acaba por perpetuar a exclusão e a dificuldade de se inserir no meio social, por causa  da redução do olhar sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Em vista disso, os desafios para a inclusão estão presentes na estruturação desigual e opressora da coletividade, bem como em seu viés individualista, diminuindo as oportunidades sociais e direito a viver socialmente.         É evidente, por tanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. já que a base de tudo é a educação, cabe, as instituições de ensino, garantirem capacitação aos educadores e juntamente com o Ministério da Educação (MEC) instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam essa problemática, a fim de construir o progresso sem desconsiderar a ordem. Já dizia o politico e ativista social Nelson Mandela, “A educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo”.