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Enviada em: 24/05/2018

“O importante não é viver, mas viver bem”. Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância, de modo que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, no Brasil essa não é a uma realidade para os autistas, já que possuem dificuldades em sua inclusão social. Nesse sentido, a falta de políticas públicas associada à discriminação, contribuem para a segregação desses indivíduos.       Vale ressaltar que, ainda que exista a lei Federal de 2012 que assegure a inclusão do autista à sociedade, são deficitários os instrumentos para a sua concretização. Decerto, há falta de projetos e eventos públicos, que garantam a interação social dessa parte da população. Assim, somada a condição genética de dificuldade de interação, a falta de acessibilidade e recursos intensificam a limitação de convívio desses indivíduos.      Ademais, outro obstáculo está na discriminação da própria sociedade. Dessa maneira, a dificuldade de inserção de alunos autistas em escolas regulares, por decisão dos próprios educadores, só enfatiza o despreparo da Educação. Por conseguinte, a socialização, que deveria ocorrer ainda na infância, é prejudicada e prorrogada, marginalizando a integração à sociedade.     Fica claro, portanto, que a inclusão dos autistas enfrenta desafios diários. Desse modo, o Governo Federal deve repassar verbas aos Estados para a realização de eventos periódicos, abertos ao público, que estimulem a interação dos autistas com o restante da sociedade. O objetivo é que por meio de shows e teatros, o contato dos portadores de necessidades especiais seja incentivado, além de mitigar o preconceito enraizado na população, inclusive das escolas e educadores. Assim, os autistas podem não apenas viver, mas viver bem, como proposto por Platão.