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Enviada em: 23/05/2018

Conforme relatou a filósofa brasileira Marilena Chuaí, a democracia deve ser um sistema com direitos igualitários para todos, sem ações que prejudicam um grupo em prol do outro. No entanto, esse sistema é dificilmente efetivo no meio social, visto que a população autista possui desafios para a sua inclusão no meio antrópico. Diante disso, é válido analisar o preconceito humano e a falta de políticas de inclusão social, sendo preciso intervir na problemática.              É relevante abordar, primeiramente, que o preconceito enraizado é um dos maiores empecilhos contemporâneos. No limiar do século VIII, os espartanos e atenienses, abominavam pessoas que nascessem com alguma deformidade, na qual eram brutalmente assassinados, escravizados ou excluídos do meio coletivo. Hodiernamente, a sociedade brasileira permanece inarredável a fatos provectos. Nesse sentido, o autismo por ser uma síndrome que afeta aspectos da comunicação e comportamento do indivíduo, tende a não ser bem vista pela sociedade, uma vez que o ser humano possui preconceitos impregnados que são passados de geração para geração, assim, afirmando o relato do cientista Albert Einstein, na qual “é mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito enraizado”.         Além disso, nota-se, ainda, que a ausência de políticas de inclusão social para intervir na problemática é uma tangente negativa e pejorativa inerente ao país. Consoante a lei nº 12.764, a qual foi promulgada e oficializada a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno Autista, em 1990. Atualmente, esses direitos são negligenciados pelo Estado, o que inviabiliza a inclusão dessa parcela da sociedade no meio antrópico, ou seja, os desafios vivenciados pelos autistas são motivados devido à deficiência presente no modelo político vigente, em suma, pelo déficit de mecanismos capazes de estagnar o problema. Em virtude disso, é de extrema importância a criação de medidas em prol da realidade do país.             Torna-se evidente, portanto, que é fundamental combater os desafios da inclusão de pessoas com autismo. Em razão disso, é imperioso que o Governo Federal formule propagandas midiáticas, com teor de esclarecer a real condição dos indivíduos que possui autismo, a partir de pesquisas e levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), com a finalidade de desconstruir preconceitos. Ademais, é mister que o Ministério da Saúde promova feiras de saúde, mediante a presença de médicos, psicólogos e pessoas que já possuem a síndrome, como forma de conscientizar a população, com o intuito de torna o acesso ao meio social igualitário e sem distinções.