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Enviada em: 26/05/2018

No Brasil, a Lei Berenice Piana, criada em 2012, garante a inclusão em todos os níveis, principalmente em escolas regulares. para quem sofre com o Transtorno do Espectro Autista, TEA. Apesar de a lei ter sido um avanço na garantia de direitos, ainda há desafios na inclusão de pessoas com autismo no país, seja pela falta de informação ou pela ausência de preparo das escolas para receberem crianças com a síndrome.   Em primeira análise, a escassez de informação acerca do assunto e as dificuldades de diagnóstico e tratamento contribuem para a marginalização do autismo. Isso ocorre porque, dentre outros fatores, ainda não se pode afirmar geneticamente as causas do distúrbio, sendo o diagnóstico baseado somente na observação do paciente, em que a detecção de sintomas é de difícil percepção e, muitas vezes, confundido com demência. Em decorrência disso, muitos autistas sem o tratamento adequado podem ser levados ao isolamento social.   Outrossim, o despreparo das escolas para lidarem com o espectro autista se mostra uma barreira no processo de inclusão. Isso porque ainda faltam profissionais qualificados no sistema de educação para lidarem com crianças especias,  sendo imperativo reverter esse quadro, pois segundo o sociólogo Paulo Freire, a educação não se reduz a técnica, porém não se faz sem ela.      Portanto, demonstra-se fundamental adotar medidas que viabilizem a inserção de pessoas com autismo na sociedade através de políticas públicas eficazes. Cabe ao Ministério da Saúde criar centros especializados no acolhimento de autistas, disponibilizando profissionais de diversas áreas como médicos, psicólogos, fisioterapeuta, entre outros, de modo a estimular suas capacidades físicas e psicológicas. Ademais, é imprescindível preparar os educadores do sistema de ensino para lidarem e auxiliarem pedagogicamente crianças com o espectro. Talvez assim, pessoas com autismo possam ser incluídas efetivamente na sociedade, desfrutando de sua cidadania.