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Enviada em: 24/05/2018

A dificuldade de inserir indivíduos autistas dentro da sociedade é um problema que persiste no Brasil. Apesar deste país instituir uma política de proteção aos direitos da pessoa autista, tem-se, atualmente, um contexto análogo a essa situação - ainda é muito presente os casos de exclusão social de pessoas com autismo. Sendo assim, encontrar caminhos para combater essa circunstância é um desafio a ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado, haja vista dois aspectos:  a falta de políticas públicas para aplicação da lei vigente e a falta de conhecimento da população sobre essa questão.      Na idade antiga, por exemplo, o grupo social grego espartano condenava os bebes que nasciam com algum distúrbio físico ou cognitivo - a exemplo do autismo - à morte por não serem considerados capazes de desenvolverem atividades que uma pessoa "normal" conseguiria. De forma semelhante, porém menos radical que os espartanos, pode-se mencionar que, nos dias atuais, a minoria da população que possui a síndrome do autismo é vítima de pré conceitos e em muitos casos considerada incapaz de desenvolver um convívio social com os demais, o que tem um resultado de isolamento social destes indivíduos. Essa realidade evidencia como o conjunto legal do Código Civil brasileiro, em especial a lei 12.764, é pouco efetivo na prática.      Outrossim, a Organização das Nações Unidas informa que há aproximadamente 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, dos quais quase 3% são brasileiros. Dessa porcentagem são pouquíssimos os casos de indivíduos autistas que possuem um ensino escolar adaptado às suas necessidades; além disso, muitas famílias sabem pouco sobre essa síndrome e não têm perspectivas de que a pessoa com autismo possa viver socialmente dentro dos padrões de convívio social atuais. Esses aspectos fazem com que a população se torne omissa em relação aos direitos de ensino dos autistas, o que vai contra a frase do político a ativista social, Nelson Mandela, que projeta a educação como a maior arma que se pode usar para mudar o mundo.       Por conseguinte, é necessário resolver o impasse. As secretarias municipais e estaduais de educação em parceria com empresas de comunicação em massa como Facebook, Twitter e Youtube, para minimizar a exclusão social das pessoas autistas, devem criar além de campanhas que orientem a população sobre os aspectos fisiopatológicos da doença e incentivar os responsáveis destes indivíduos a inseri-los nas escolas de ensino fundamental, médio e superior, também é preciso que elas imponham às instituições de ensino a adaptarem seu corpo docente com profissionais adequados aos alunos autistas e, semanalmente, elaborarem mesas de debates com alunos, professores e pais, discutindo aspectos socioculturais, políticos e educacionais sobre a inclusão da população autista na sociedade.