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Enviada em: 24/05/2018

No limiar do século XVl houve um redimensionamento da ideia em relação à deficiência, que deixou de ser tratada como uma questão moral para ser compreendida por uma abordagem médica. Entretanto, ainda existe muito preconceito acerca dessa minoria, principalmente, em relação a pessoas com autismo, sendo uma das piores faces de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge no Brasil ações que buscam a inclusão dos deficientes na sociedade, mas pela insuficiência estrutural e pela falta de conscientização a problemática persiste.    Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a carência de medidas públicas gera a ocorrência. Conforme previsto pela Constituição Brasileira, é dever do Estado promover o desenvolvimento de políticas públicas que garantam os direitos civis, bem como a liberdade de indivíduos portadores de deficiência, visando a aplicabilidade da integração social e da cidadania. No entanto, o que se observa é uma saúde pública despreparada para diagnosticar e tratar o autismo com eficiência, a carência de profissionais qualificados nas escolas, e entre outras precariedades em relação ao direitos essências de pessoas com autismo. Logo, nota-se que a qualidade de vida dos deficientes é abalada pela má aplicação constitucional.   Além disso, é possível analisar a problemática pelo viés da propagação de preconceitos contra pessoas autistas. De acordo com o filósofo John Locke, as pessoas que vivem em sociedade, são de certa forma obrigados a se moldar em seus contornos. Ao seguir essa filosofia, observa-se que a comunidade contemporânea deve abandonar preconceitos retrógrados e repassar valores de igualdade, dando jus ao desenvolvimento social. Destarte, a adoção de medidas cujo o objetivo seja contornar essa realidade tornam-se fundamentais.   Diante disso, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em crimes de ódio contra os deficientes, a fim de atenuar a prática na sociedade, além de aumentar a pena para quem praticar. Além disso, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional que vise a inclusão das crianças com autismo e o respeito a elas, o que deve ocorrer mediante ao fornecimento de professores qualificados para os autistas, palestras e peças teatrais que abordem essa temática. O Ministério da Saúde, por sua vez, deve fornecer um tratamento de qualidade para as pessoas que possuem essa deficiência, através da criação de unidades especializadas nessa área, com fito de melhorar a qualidade de vida dos mesmos. Tais medidas poderiam tornar o século XXl um período de mudanças que estaria marcado na história para as futuras gerações.