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Enviada em: 25/05/2018

A série Atypical, produzida pela Netflix, retrata a história de vida de um adolescente autista, abordando as dificuldades que ele enfrenta no dia a dia, como encontrar uma namorada, o bullying na escola e a aceitação da família. De forma análoga à película, o Brasil enfrenta grandes problemas no que tange os desafios da inclusão de pessoas com autismo. Dessa forma, sabe-se que a baixa aplicabilidade da legislação e o forte preconceito influenciam na problemática em questão.          Ainda que a legislação do país preveja assistência para os autistas, o que se observa na realidade é bem distante disso. Isso ocorre, porque há graves falhas estruturais e metodológicas nos centros de ensino e também um corpo docente capacitado para lecionar deficientes insuficiente. De acordo com uma pesquisa feita em 13 centros de Atenção Psicossocial Infanto- Juvenil (CAPSi) na região metropolitana do Rio, 48% dos autistas de 4 a 17 anos estão fora das salas de aula. Como consequência, a sociedade endossa o estereótipo de que autistas não progridem.       Ademais, a falta de conhecimento da população sobre o especto autista agrava ainda mais a discriminação. Isso se confirma no âmbito do trabalho, onde quem apresenta dificuldade de comunicação, manifestando sintomas do autismo, não apenas é repelido pelos outros, como ainda é objeto de comentários maldosos, o que se manifesta de maneira ainda mais perversa nas escolas, visto que as crianças reproduzem o que aprendem com os pais. Por conseguinte, as dificuldades de inclusão aumentam e provocam ainda mais a marginalização  dessa parcela da sociedade.       Torna-se necessário, portanto, a adoção de medidas que visem mitigar esse celeuma. Logo, o Governo Federal, através do Ministério da Educação, deve investir em qualificações profissionais, com o fito de melhorar o suporte na educação ofertada aos autistas, desse modo, se torna efetiva a inclusão social. Além disso, a Secretaria de Educação, concomitante com a Secretaria de Saúde, pode promover palestras que discutam a pluralidade a respeito do cotidiano e dos direitos dos autistas, a fim de que a sociedade brasileira se desprenda de certos tabus. Por fim, a mídia, com seu poder influenciador, deve criar  propagandas e novelas com pessoas autistas em seus elencos, com o intuito de mostrar que apesar de serem especiais, merecem os mesmos direitos e atenção.