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Enviada em: 28/05/2018

No Brasil existem cerca de dois milhões de pessoas portadoras da síndrome do Transtorno do Espectro do Autismo. Porém esse é um assunto pouco falado, ainda que foi adicionado à classificação Internacional de doenças da Organização Mundial de Saúde no ano de 1993. Existem porém, abismos sociais quase intransponíveis que dificultam o cumprimento de diversas leis já existentes que dão todo respaldo a essas pessoas desde os primeiros anos de vida.    Seguindo num viés constitucional pode-se citar a lei 9394/96 da LDB- Leis de Diretrizes e Bases, precisamente no artigo 58 que fala sobre a Educação Especial. Lei essa que tem como objetivo priorizar o atendimento acadêmico necessário à pessoas com necessidades especiais para que possam ser verdadeiramente parte da sociedade. Sabe-se que o país está longe de alcançar êxito quando o assunto é inclusão; isso é reflexo de uma má preparação sócio-educacional do Brasileiro que prefere seguir a disposição natural das coisas.    O atendimento ao autista é um dever constitucional do estado e deve ter início na faixa etária de zero a seis anos durante a educação infantil e estende-se ao longo da vida. Um problema iminente enfrentado é a falta de informação que a maioria dos pais dessas crianças têm em relação aos direitos a elas concebidos. Ainda que a inclusão social deveria ser algo natural; existem problemas corriqueiros como a falta de, transporte adequado, ambientes escolares apropriados, profissionais habilitados, dentre outros fatores, que impedem o funcionamento pertinente de todo o processo.    Torna-se, portanto urgente, que medidas sejam tomadas em relação a  essa problemática constitucional e educacional para que o portador do autismo possa gozar dos seus direitos enquanto cidadãos que fazem parte do meio em que vivemos. A informação é a mais importante intervenção, podendo ser feita através de programas em horários nobres nos meios de comunicação, tanto televisivo quanto pela internet , estendendo a palestras em escolas para pais e alunos, cartazes e cartilhas disponibilizadas pelo governo que possam ser distribuídas à todos. O profissional preparado é de extrema necessidade pois ele vai direcionar as demais crianças em classe para que não haja diferença entre os alunos portadores de necessidades especiais e os demais; é tudo uma questão de ensinamento. Pois, segundo Kant, ¨O homem é aquilo que a educação faz dele".