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Enviada em: 24/05/2018

O Transtorno do Espectro Autista é há muito tempo um verdadeiro desafio para às instituições de saúde em virtude das dificuldades de diagnosticar, tratar e prevenir a ocorrência desta síndrome. Em países subdesenvolvidos, como o Brasil, observa-se a coexistência da doença com fatores que dificultam a inserção destes indivíduos na sociedade. Tais fatores - como a ausência de políticas públicas voltadas a essa parcela da população, falta de qualificação das instituições de ensino, insuficiência de vagas voltadas a esse tipo de deficiência e a discriminação -, corroboram para a marginalização dos autistas e um verdadeiro retrocesso em seus direitos básicos enquanto cidadãos.       A ausência de medidas paliativas voltadas para os autistas dificultam a inserção social dos mesmos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil existem cerca de 2 milhões de afetados pelo espectro autista e apesar dos avanços científicos, atualmente, não existem tratamentos totalmente eficazes a serem aplicados nestes indivíduos. As possíveis medidas utilizadas - psicoterapia, fonoaudiologia - a fim de amenizar os sintomas e estimular o desenvolvimento não são acessíveis a toda população por conta de seu alto custo. Contribuindo para as dificuldades de inclusão dos mesmos e provocando ainda mais à marginalização daqueles que possuem menor poder aquisitivo.      O sistema educacional tornou-se obsoleto e ineficaz para assegurar o desenvolvimento dos autistas. O atual sistema instituído nas escolas do Brasil fundamenta-se na generalização dos alunos, que são qualificados a partir de suas notas. Estas instituições sofrem dificuldades para incluir estudantes fora de seu padrão de ensino, como os autistas. Muitas vezes, optando pelo isolamento dos mesmos em salas especiais com atividades facilitadas. Essa medida oferecida pela escola, associada a aprovação automática dos mesmos  corrobora para as dificuldades no desenvolvimento cognitivo do jovem, que torna-se, consequentemente, incapacitado ao mercado para o mercado de trabalho.        A fim de incluir os autistas na sociedade e assegurar aos mesmos os seus direitos políticos, caberá ao governo instituir medidas de fato efetivas. Logo, o Ministério da educação deve assegurar a formação educacional destes alunos, por meio da criação de um programa que garantirá o acompanhamento psicoterapêutico e fonoaudiológico durante a aprendizagem, seguidamente por extinguir as salas especiais e a aprovação automática dos mesmos a fim de oferecer, de fato, o desenvolvimento cognitivo do deficiente. Dessa forma, a marginalização dos autistas se torna-rá um passado e o presente se evidenciará melhor a partir do respeito e igualdade dos direitos, definitivamente, assegurados pela constituição brasileira.