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Enviada em: 24/05/2018

Na Rússia do século XV, eram considerados ''idiotas sagrados'' tido como figura divina devido ao comportamento especial, contraditoriamente em tribos indígenas, foram brutalmente assassinados por serem considerados castigo dos deuses. O autismo não é um fenômeno recente, e nunca a ciência realizou tantos estudos e pesquisas como atualmente, no entanto esse ainda enfrenta dilemas como preconceito e desamparo educacional no Brasil hodierno.      Convém ressaltar, a princípio, que o preconceito ainda é um fator preponderante na inclusão de portadores de autismo na sociedade. Segundo a Revista Veja, os casos da síndrome são 6 vezes mais recorrentes do que os 300 mil casos de Síndrome de Down, todavia a quantidade elevada não significa que seja uma epidemia, mas que os diagnósticos estão sendo cada vez mais precisos devido aos avanços nessa área. Porém, a discriminação reverbera na comunidade atual, calcada na ética dilitarista,que considera inútil pessoas que, aparentemente menos capacitadas, têm pouca serventia à comunidade, como prova dessa exclusão o livro ''Balançando os sonhos" do autor brasileiro Salvador Nery, relata a luta de seu irmão autista perante os casos de menosprezo em escolas e outros locais públicos.        Outrossim, pode-se observar também a mínima participação de alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) em escolas mesmo com a lei instituída em 2013 que estabelece autistas deficientes e oferece total aparato do Estado, principalmente, no quesito acesso à educação. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado. Essa situação de descaso está relacionada a inexistência ou à incipiência de professores especializados e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Governo nesse âmbito escolar.           Diante dos fatos supracitados, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa problemática. Cabe às ONG's e aos grandes influenciadores midiáticos oferecer palestras elucidativas a fim de trazer maiores informações sobre o transtorno e esclarecer quaisquer dúvidas da população, usando para isso obras literárias, depoimentos de pessoas envolvidas e a exposição de entretenimento como o filme ''Extraordinário" e a série norte americana "The good doctor" em que os protagonistas autistas enfrentam as barreiras cotidianas. É imprescindível, também, que o Ministério da Educação estabeleça obrigatoriamente cursos profissionalizantes especiais e invista na fiscalização das instituições educacionais. Poder-se-á, assim, deter o ''balanço'' dos sonhos de muitos autistas.