Na Rússia do século XV, eram considerados ''idiotas sagrados'' tido como figura divina devido ao comportamento especial, contraditoriamente em tribos indígenas, foram brutalmente assassinados por serem considerados castigo dos deuses. O autismo não é um fenômeno recente, e nunca a ciência realizou tantos estudos e pesquisas como atualmente, no entanto esse ainda enfrenta dilemas como preconceito e desamparo educacional no Brasil hodierno. Convém ressaltar, a princípio, que o preconceito ainda é um fator preponderante na inclusão de portadores de autismo na sociedade. Segundo a Revista Veja, os casos da síndrome são 6 vezes mais recorrentes do que os 300 mil casos de Síndrome de Down, todavia a quantidade elevada não significa que seja uma epidemia, mas que os diagnósticos estão sendo cada vez mais precisos devido aos avanços nessa área. Porém, a discriminação reverbera na comunidade atual, calcada na ética dilitarista,que considera inútil pessoas que, aparentemente menos capacitadas, têm pouca serventia à comunidade, como prova dessa exclusão o livro ''Balançando os sonhos" do autor brasileiro Salvador Nery, relata a luta de seu irmão autista perante os casos de menosprezo em escolas e outros locais públicos. Outrossim, pode-se observar também a mínima participação de alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) em escolas mesmo com a lei instituída em 2013 que estabelece autistas deficientes e oferece total aparato do Estado, principalmente, no quesito acesso à educação. Contudo, devido à falta de fiscalização e de políticas públicas ostensivas por parte de algumas gestões, isso não é bem efetivado. Essa situação de descaso está relacionada a inexistência ou à incipiência de professores especializados e à carência de aulas proficientes, inclusivas e proativas, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerência do Governo nesse âmbito escolar. Diante dos fatos supracitados, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa problemática. Cabe às ONG's e aos grandes influenciadores midiáticos oferecer palestras elucidativas a fim de trazer maiores informações sobre o transtorno e esclarecer quaisquer dúvidas da população, usando para isso obras literárias, depoimentos de pessoas envolvidas e a exposição de entretenimento como o filme ''Extraordinário" e a série norte americana "The good doctor" em que os protagonistas autistas enfrentam as barreiras cotidianas. É imprescindível, também, que o Ministério da Educação estabeleça obrigatoriamente cursos profissionalizantes especiais e invista na fiscalização das instituições educacionais. Poder-se-á, assim, deter o ''balanço'' dos sonhos de muitos autistas.