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Enviada em: 04/06/2018

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o autismo é uma disfunção cerebral que atinge a capacidade de interação social do indivíduo, afetando uma a cada 160 crianças no mundo. No entanto, apesar dos números, esta condição humana ainda é pouco falada, gerando um desconhecimento da sociedade, a qual discrimina e pré-julga os portadores da doença e levando-os a enfrentar desafios diários para garantir seus direitos como cidadãos desde a primeira idade. Diante disso, valida-se a reflexão acerca da inclusão autista como negligenciada pelo sistema educativo, gerando o isolamento e a reclusão destes.     O despreparo e a falta de qualificação dos profissionais mostram como a negligência na rede de ensino brasileira ainda é predominante quando se trata da formação de alunos com transtorno do espectro autista, sendo o principal embargo para a inclusão deste grupo na sociedade. Nesse cenário, a ONU afirma que a desassistência à esta fração social alem de violação aos seus Direitos Humanos, é um desperdício de potencial, haja vista que estes podem desenvolver habilidades únicas, como musicalidade, pinturas e matemática, no entanto mais de 50% das crianças autistas estão fora da escola, devido a falta de estrutura que passa atendê-los. Em vista disso, a inclusão dessas pessoas na sociedade fica comprometida no sentido de que desde a infância a integração delas é dificultada.        Por consequência, quando os portadores do autismo encontram embargos na sua inclusão, a partir do eixo educativo, toda sua trajetória social pode ser afetada. Nesse ínterim, a ONG Autismo e Realidade explica que, durante a primeira idade, o contato com outras crianças e o trabalho de educadores especializados pode minimizar os aspectos da doença, mas quando isso não acontece, os mesmos aspectos podem ser potencializados e a criança pode se tornar ainda mais isolada e, na fase adulta, não ter uma vida normal, com uma profissão ou um relacionamento afetivo. Em suma, é notável que o a integração da pessoa autista no âmbito social está ligada a um progresso iniciado na escola e que a falta deste gera respostas negativas ao ser humanos com a deficiência.      Depreende-se, pois, que as pessoas com autismo enfrentam desafios para sua inserção social e que precisam ser sanadas. Assim, é imprescindível que o Estado, juntamente com o MEC e o Ministério da Saúde, por meio de maior subsídio econômico, promovam nas instituições de ensino de todo o país, projetos de integração que incluam a contratação de profissionais especializados, além da capacitação para os já efetivos nas escolas, objetivando promover a adesão de mais crianças no eixo educacional e que estas possam ter atendimento específico para concluir sua vida acadêmica e, consequentemente, sua vida em grupo, pois somente assim, o Brasil será um país inclusivo para os autistas.