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Enviada em: 26/05/2018

No filme “Procurando Dory”, a protagonista da animação sofre de deficiência cognitiva, o que implica dificuldades em sua vida. Similarmente, as pessoas diagnosticadas com autismo encontram diversos obstáculos ao longo de sua vida. Nesse contexto, deve-se analisar como o preconceito e a carência de informações juntamente com a falta de fiscalização das leis influenciam na problemática em questão.      Apesar da existência da Lei número 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que assegura proteção as pessoas com o espectro autista, muitos são os empecilhos encontrados em relação à inclusão dos mesmos na sociedade. Conforme Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo ratifica que esse conceito encontra-se adulterado no Brasil à medida que não apenas a educação inclusiva, como também a capacitação de professores especializados no cuidado com pessoas autistas não é satisfatória em todo o território nacional.      Além disso, nota-se o preconceito social que essa parcela da população sofre. Infelizmente, essa discriminação muitas vezes é movida pelo desconhecimento da doença, o que implica na exclusão das pessoas diagnosticadas com o transtorno. Segundo o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam e que elas podem destruir e criticar pensamentos impertinentes construídos em um determinado momento da história. Assim, é de extrema importância uma mudança nos valores estabelecidos pela sociedade para haver uma ruptura nos desafios da inclusão de pessoas com autismo.     Portanto, fica claro que medidas são necessárias para resolver a problemática abordada. É dever do Ministério da educação em conjunto com a mídia criar campanhas educacionais com o intuito de ensinar e informar a população sobre o que é o autismo e quais são as problemáticas encontradas na vida de quem é diagnosticado com essa síndrome, em virtude de uma sociedade mais inclusiva.. Ademais, cabe ao Governo a fiscalização da lei já vigente de proteção aos direitos da pessoa com autismo. Desse modo, com pessoas mais conscientes e com a eficiência das leis, pode-se distanciar a realidade brasileira de uma realidade exclusiva.