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Enviada em: 28/05/2018

De acordo com o educador Paulo Freire, a inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades. Nesse sentido, o Brasil precisa aprender a incluir, de maneira satisfatória, a pessoa com transtorno do espectro autista na sociedade. Logo, além  de Políticas Públicas eficientes e coordenadas, faz-se necessária uma parceria entre pais e escolas com o intuito de dar cidadania aos autistas, que se expressam em quase 2 milhões de brasileiros.       Ter o diagnóstico precoce e, em caso afirmativo, obter acesso ao atendimento multiprofissonal adequado são direitos da pessoa com autismo. Entretanto, na prática nem sempre isso acontece. Isso porque, em um país onde o direito básico à saúde muitas vezes é sucateado, é inocente esperar que o autista tenha sempre à sua disposição uma equipe multiprofissional coordenada que tanto precisa. Diante disso, é de extrema importância o treinamento de profissionais capacitados no diagnóstico, uma vez que os sinais do autismo de grau leve são muito sutis, melhor coordenamento de equipes profissionais e melhor estrutura física e humana para incluir os autistas nas escolas públicas e na sociedade como um todo.       Além disso, a união entre pais e a escola é fundamental, pois, após o diagnóstico precoce do autismo, é em casa e na escola que a criança passa a maior parte do seu dia. Dessa maneira, os responsáveis e professores, ao saberem que a principal dificuldade da pessoa com esse transtorno  é a comunicação e socialização, eles entendem que a escola vai além de um espaço pedagógico e se torna um ambiente propício para a interação social, que é  importante  tanto pro desenvolvimento dos autistas  quando para os outros alunos que precisam lidar e conviver com as diferenças. A partir disso, o constante diálogo entre pais e escola sobre as particularidades,rotinas, habilidades, evoluções e dificuldades dos filhos e alunos autistas é peça chave permitir uma inclusão eficiente desse grupo.       Urge, destarte, que medidas sejam tomadas em prol da inclusão de pessoas com autismo no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde deve capacitar profissionais da saúde e professores por meio da realização de cursos anuais gratuitos e multirões intinerantes com equipes multiprofissionais que fazem  o diagnóstico e direcionamento do tão imperceptível autismo leve em adultos.O objetivo é dar qualidade de vida ao indivíduo que desconhece sua condição autista e ao mesmo tempo treinar a conduta ideal desses profissionais. Ademais, é papel do Ministério da educação realizar, em TV aberta, campanhas publicitárias e programas, com a presença de profissionais especializados na área, sobre a importância da cooperação entre família e escola para a inclusão do cidadão autista, que não merece ser rotulado nem discriminado, mas sim tratado, dentro de suas individualidades, como qualquer outro brasileiro.