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Enviada em: 04/06/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil, hodiernamente, verifica-se que essa problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, torna-se claro a carência de estruturas especializadas no acompanhamento desse público, bem como o entendimento acerca do papel social desse arranjo.           Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, os escassos investimentos governamentais em qualificação profissional e em melhor suporte físico, rompe essa harmonia, haja vista que, existem no país quase 2 milhões de autistas, que enfrentam diversos problemas diariamente para exercerem seu papel de cidadãos. Outrossim, destaca-se a falta de conhecimento, aliada ao preconceito da sociedade que ainda é agente ativo na segregação de autistas no país. Um exemplo disso, é a difícil introdução desses deficientes no mercado de trabalho devido a intolerância presente na sociedade. Seguindo essa linha de raciocínio, o historiador Nicolau Maquiavel sustenta a ideia que os preconceitos têm mais raízes do que princípios. Assim, uma mudança dos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras à inclusão.             É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal deve investir na capacitação de médicos e pesquisadores, além da construção de centros de saúde, promovendo um melhor tratamento e apoio as famílias.  Logo, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam a pluralidade a respeito do cotidiano e dos direitos dos autistas, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.