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Enviada em: 25/05/2018

Desde Iluminismo entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa sobre o a questão do autismo no Brasil, vê-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, seja pela falta de estratégia no âmbito educacional, seja pela falta de informações a respeito. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura para a sociedade.     É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a falta de estratégias do âmbito educacional e social, rompem com essa harmonia, haja vista que, a romantização do problema e a negligência aos direitos das pessoa com autismo, apesar de estar em vigor desde 1990, não tem se feito presente na sociedade como um todo, ou seja, pessoas sem recursos financeiros quase nunca tem acesso ao devido tratamento.    Outrossim, destaca-se a falta de informação a respeito, como impulsionadora do problema. De acordo com o sociólogo brasileiro Hebert de Souza, um país só muda pela sua cultura. Seguindo essa linha de pensamento, o preconceito característico no país no que diz respeito as doenças mentais  e principalmente como são vistas aos olhos da sociedade, como  sentimento de pena e inferioridade, acaba por levar essas pessoas ao ostracismo social.     É indispensável que medidas sejam tomadas para se resolver o impasse. Destarte, o Ministério da Educação deve capacitar os profissionais da educação para dar o devido ensino aos autistas,  além dos Governos Estaduais investirem em palestras informacionais e gratuitas para a melhor compreensão da população, para que não se viva a realidade nas sombras assim como na Alegoria da Caverna de Platão.